Pular para o conteúdo principal
Chapéu
Campanha dos Financiários 2024

Negociações entre financiários e Fenacrefi empacam sem acordo

Imagem Destaque
Foto da mesa de negociação de quinta 5, entre representantes dos financiários e das financeiras

Mesmo após um dia inteiro de negociações, a décima reunião entre o Coletivo Nacional dos Financiários e a Fenacrefi, ocorrida nesta quinta-feira 5, terminou sem acordo. A entidade patronal apresentou duas propostas que ficaram muito abaixo dos anseios da categoria e foram prontamente recusadas na mesa de negociação.

“As financeiras apresentaram duas propostas na mesa desta quinta: a primeira previa reajustar salários e demais verbas apenas com a correção da inflação, e a segunda previa um aumento real apenas para 2024 de 0,15%, mantendo a inflação para 2025. Deixamos claro que a categoria quer valorização, e não propostas rebaixadas. Por isso, o coletivo dos financiários rejeitou as propostas na mesa”, informou a secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Lucimara Malaquias, que participa das rodadas de negociação.

A representação dos financiários destacou na mesa que, dos 8.809 acordos coletivos de trabalho firmados no país até julho deste ano, 86% garantiram índices acima do INPC, ou seja, com aumento real, e que a média desses reajustes foi de 1,5% de aumento real. “As propostas da Fenacrefi estão muito aquém dos reajustes concedidos por outros setores, na maioria dos acordos fechados no país”, frisou Lucimara.

Proposta inicial

A proposta inicial da Fenacrefi foi de aplicar, de forma linear, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos próximos dois anos. Para o período de julho de 2023 a junho de 2024, o índice registrado foi de 3,34%, e o índice para 2025 será o INPC linear. Sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), a proposta é de mudanças na regra que resultariam em prejuízo direto aos trabalhadores.

“Todas as propostas apresentadas de alteração dos direitos conquistados representam redução de custos para as empresas e impõem perdas aos financiários”, destacou Jair Alves, coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários.

Segunda proposta

A segunda proposta da Fenacrefi continuou aquém das expectativas, oferecendo um reajuste salarial de 3,5% para 2024, o que representaria apenas 0,15% de aumento real. Para 2025, a proposta previa o INPC linear. Em relação à PLR, manteve o mesmo da primeira proposta do dia, ou seja, previa mudanças que significam perdas para os financiários.

A reunião foi encerrada sem uma data definida para o novo encontro. “Nós valorizamos a via negocial e continuamos a disposição para debater um acordo para a renovação da CCT dos financiários. Mas esperamos que as financeiras voltem para a mesa dispostos a valorizar a categoria e que tragam proposta decente”, reforçou Lucimara.

seja socio