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Nubank: Sindicato e analistas de Fraude de olho na revisão do time spent! Redução da sobrecarga já!

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Imagem de um homem de terno, segurando um relógio na frente do seu rosto, em fundo roxo

O Sindicato, junto aos analistas da área de Fraude do Nubank, espera que desta vez, ao contrário do que ocorreu nos últimos 12 meses, a possibilidade de revisão do time spent, que pode ocorrer ainda em setembro, reduza a sobrecarga de trabalho a qual são submetidos estes trabalhadores.

Em conjunto com a diminuição dos pesos dos jobs, as revisões do time spent, que ocorrem trimestralmente, tem representado impacto negativo nas condições de trabalho da área de Fraude, uma vez que determinam que os analistas façam cada vez mais em menos tempo. Porém, diante das recorrentes cobranças do Sindicato e o processo de diálogo com o banco, a expectativa é que desta vez ocorra o contrário: se houver revisão, que se aumente o peso dos jobs equivalentes e também o tempo esperado para a sua realização.

“Diante da possibilidade de uma nova revisão do time spent, os analistas e o Sindicato estão em estado de alerta, vigilantes, a partir de agora. Pois desde o final de maio e, sobretudo, no último dia 16 de setembro, o Sindicato tem proposto uma negociação com a direção do RH do Nubank para chegar a uma solução para a melhoria das condições de trabalho da área de Fraude. Foram os próprios analistas que construíram uma proposta, bastante objetiva, apresentada ao Nubank: a redução da quantidade de jobs”, relata o dirigente do Sindicato Marcelo Gonçalves.

Marcelo Gonçalves, dirigente do Sindicato

“Uma redução ou redimensionamento na quantidade de tarefas, análises, investigações e exigências já seria uma importante sinalização do Nubank para a melhoria das condições de trabalho. A inovação e a tecnologia não pode só visar disciplina e aumento da produtividade para maximizar lucros, mas deve considerar o valor de cada analista, sua saúde e bem-estar. Até agora só se foi considerado a redução do time spent, com aumento da quantidade dos jobs, enquanto o ´trabalhador encolhe`. Isso não é inovação. É só exploração em seu estado mais bruto, escondida pela tecnologia, mudança constante das regras na área e por palavras bonitas, que desconsideram o que os analistas tem para dizer. É preciso escutá-los”, reforça.

Campeã de denúncias

Hoje, o Nubank é a empresa mais denunciada no Canal de Denúncias do Sindicato por condições de trabalho e metas abusivas relacionadas à determinada área.

“Entretanto, nossa expectativa é que a gestão e a diretoria da área de Fraude encontrem um meio termo. O que não é admissível é uma aposta no conflito ou na indiferença, com nova redução do peso dos jobs ou diminuição do time spent, o que representaria um desrespeito aos analistas, ao processo negocial com o Sindicato, e ao próprio esforço do RH do Nubank. Estamos vigilantes.”, enfatiza Marcelo Gonçalves.

“Se existe, por exemplo, uma espécie de comitê de calibragem, no qual gestores alteram notas dos analistas, incluindo uma variável interpretativa na avaliação dos trabalhadores da área de Fraude, essa mesma condição precisa ser observada pela diretoria de Fraude para a revisão do time spent. Ou seja, a ponderação. Querer impor uma nova diminuição do time spent a fórceps será desperdiçar todo tempo e esforço que a própria empresa tem despendido em negociação com Sindicato e com os trabalhadores da área em busca de um ambiente de trabalho saudável pra todos”, acrescenta o dirigente.

De acordo com Marcelo Gonçalves, desde 2024 as condições de trabalho na área de Fraude do Nubank estão se deteriorando. A redução do time spent, combinada com a redução do peso dos jobs, tem imposto aos analistas um ritmo de trabalho extenuante, em contexto no qual não se admitem falhas.

“Esperamos não sermos pegos de surpresa e que a proposta apresentada não seja solenemente ignorada. O objetivo da negociação é justamente uma solução dialogada, encontrar um meio termo, para tornar o ambiente de trabalho saudável e mais colaborativo. Isso já foi possível. Já foi realidade na área de Fraude”, conclui o dirigente do Sindicato.

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