Imagem Destaque
São Paulo – Bancários do Itaú da ativa e aposentados, que trabalharam no extinto SDS (Setor de Distribuição de Serviços), deliberaram favoravelmente pelo pagamento de ação coletiva reivindicando adicional de insalubridade aos empregados. A decisão foi tomada em assembleia realizada no Sindicato, na noite de quinta-feira 23.
Os funcionários lidavam com uma rotina laboral repleta de fatores degradantes, como manuseio de produtos químicos, iluminação inadequada e, principalmente, ruído excessivo. Esses problemas motivaram o Sindicato a ingressar na Justiça, em 1990.
“O barulho era insuportável. Eu saía de lá com o ouvido do tamanho de um elefante”, conta o aposentado Edson Vargas, que trabalhou no setor durante 15 anos. “Trabalhava de madrugada, dormia durante o dia e mesmo horas depois de sair do expediente o zumbido continuava, então era difícil conseguir pegar no sono”, lembra.
A ação teve início a partir da denúncia de cipeiros eleitos. No entanto, o banco ignorou a notificação. O Sindicato, então, tomou as rédeas e procurou a Delegacia Regional do Trabalho que por meio de perícia constatou que o ambiente era prejudicial à saúde dos funcionários. Esse laudo serviu para embasar o processo trabalhista para que o Itaú pagasse o adicional.
“Só depois que o Sindicato entrou com processo é que o banco distribuiu equipamento de proteção, mas antes nós trabalhávamos sem tampões de ouvido e o barulho era realmente muito alto”, relata o bancário aposentado André Luis Bortoni. “O barulho era ensurdecedor, tanto é que hoje tenho dificuldade de ouvir com meu ouvido esquerdo”, completa seu colega, José Carlos da Cruz Sampaio.
O processo judicial foi vitorioso. O pagamento da ação prevê, ainda, créditos que incidirão em férias, fundo de garantia, 13º salário e verbas rescisórias. Essa foi a segunda e última parcela a ser recebida – a primeira veio em 2003.
“O Itaú foi punido porque não deu condições adequadas de trabalho. Infelizmente ainda há locais que apresentam risco à integridade dos bancários e temos cobrado para que sejam tomadas medidas e os problemas solucionados”, ressalta a diretora executiva do Sindicato Marta Soares.
Rodolfo Wrolli – 23/10/2014
Os funcionários lidavam com uma rotina laboral repleta de fatores degradantes, como manuseio de produtos químicos, iluminação inadequada e, principalmente, ruído excessivo. Esses problemas motivaram o Sindicato a ingressar na Justiça, em 1990.
“O barulho era insuportável. Eu saía de lá com o ouvido do tamanho de um elefante”, conta o aposentado Edson Vargas, que trabalhou no setor durante 15 anos. “Trabalhava de madrugada, dormia durante o dia e mesmo horas depois de sair do expediente o zumbido continuava, então era difícil conseguir pegar no sono”, lembra.
A ação teve início a partir da denúncia de cipeiros eleitos. No entanto, o banco ignorou a notificação. O Sindicato, então, tomou as rédeas e procurou a Delegacia Regional do Trabalho que por meio de perícia constatou que o ambiente era prejudicial à saúde dos funcionários. Esse laudo serviu para embasar o processo trabalhista para que o Itaú pagasse o adicional.
“Só depois que o Sindicato entrou com processo é que o banco distribuiu equipamento de proteção, mas antes nós trabalhávamos sem tampões de ouvido e o barulho era realmente muito alto”, relata o bancário aposentado André Luis Bortoni. “O barulho era ensurdecedor, tanto é que hoje tenho dificuldade de ouvir com meu ouvido esquerdo”, completa seu colega, José Carlos da Cruz Sampaio.
O processo judicial foi vitorioso. O pagamento da ação prevê, ainda, créditos que incidirão em férias, fundo de garantia, 13º salário e verbas rescisórias. Essa foi a segunda e última parcela a ser recebida – a primeira veio em 2003.
“O Itaú foi punido porque não deu condições adequadas de trabalho. Infelizmente ainda há locais que apresentam risco à integridade dos bancários e temos cobrado para que sejam tomadas medidas e os problemas solucionados”, ressalta a diretora executiva do Sindicato Marta Soares.
Rodolfo Wrolli – 23/10/2014