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![Foto: Lidyane Ponciano / CUT](http://www.spbancarios.com.br/Uploads/ckfinder/userfiles/images/12concut_mulheres_lidyane_ponciano_cut_materia.jpg)
"Como o encontro não foi deliberativo precisamos aprovar nos congressos, estaduais (Cecuts) e nacional (Concut), o caderno com as resoluções, que definem as ações do próximo período para que seja inserido nas resoluções do 12º Concut.
A CUT, como a única central do mundo e a mais democrática, foi a primeira a implantar a paridade na sua direção, fato que nos leva a ter grandes compromissos com as demandas das mulheres trabalhadoras", explicou a secretária Nacional de Mulheres Trabalhadoras, Rosane Silva.
O encontro teve debates sobre as políticas públicas e o papel do estado na vida das mulheres, definição das estratégias e ações para dar visibilidade e reconhecimento a contribuição social, político e econômico das mulheres disputando outro modelo de desenvolvimento com inclusão social, superação da desigualdade e contra a opressão que as mulheres sofrem cotidianamente no mundo do trabalho e na sociedade.
Rosane Silva reitera: “não queremos paridade como número apenas, a paridade é uma política. Queremos condições objetivas para atuar no movimento sindical. E quando falamos em condições, estamos dizendo que a CUT deve incorporar esta luta no seu dia a dia, porque essa não é uma luta só de mulheres, é uma luta da Central”.
A CUT aprovou no 11º Congresso, em 2012, a paridade de gênero, 50% de mulheres e 50% de homens em sua direção, e desde lá a entidade teve o compromisso de discutir as políticas e os desafios de todos e todas no próximo período.
Rosane citou a conquista da aprovação da PEC das domésticas, que iguala a categoria com outras na questão de direitos trabalhistas. Rosane explicou que é uma conquista das mulheres e com recorte racial, já que esta categoria tem em sua base mais de 80% de mulheres negras.
“Foi uma luta da CUT com a Contracs e com as trabalhadoras domésticas do nosso país que tivemos esta grande vitória neste ano. É a CUT dizendo que ela representa a classe trabalhadora e que enquanto todos os trabalhadores e as trabalhadoras não tiverem direitos garantidos a CUT continuará lutando”.
Rosane contou que todas mulheres CUTistas construíram a paridade e o caderno de resoluções com muita unidade e solidariedade. "Portanto a gente consolida o primeiro passo para a igualdade neste momento que elegeremos a direção com paridade".
Nesta sexta 16 será eleita a nova direção executiva paritária da CUT nacional, que estará à frente da entidade nos próximos 4 anos.
As mulheres comemoram a conquista com a música Maria Maria do Milton Nascimento e Fernando Brant e cobriram a plateia uma bandeira da cor lilás com os dizeres: Igualdade, liberdade e autonomia.
![Foto: Lidyane Ponciano / CUT](http://www.spbancarios.com.br/Uploads/ckfinder/userfiles/images/12concut_mulheres1_lidyane_ponciano_cut_materia.jpg)
“Seu compromisso de alma com o projeto de igualdade e com a CUT deixará marca na história desta central, a paridade é só um passo. Nós sairemos do congresso e vamos construir as bandeiras das mulheres e lutar pela divisão igualitária dos cargos de poder da nossa central. A paridade não é só um número!”.
Rosane emocionada falou que sairá da CUT outra pessoa, outra mulher. “Eu saio mais fortalecida e aguerrida para continuar a luta com mais igualdade, socialista e feminista”, finalizou a dirigente.
Resoluções do 8ºEncontro Nacional das Mulheres da CUT
As mulheres construíram coletivamente, durante o 8º Encontro Nacional, resoluções que inclui a defesa da Petrobrás, Reforma Política e a Democratização da Comunicação.
Confira abaixo as principais resoluções:
- Sensibilização das direções dos ramos e sindicatos sobre a paridade
- Mapeamento da quantidade de mulheres na CUT
- Paridade nas delegações em todos os fóruns da CUT
- Secretarias de Mulheres das Estaduais devem participar da coordenação dos CECUTs
- Formação sobre o tema, para poder viabilizar a discussão de gênero nos sindicatos CUTista – com envolvimento de homens e mulheres
- Lutar por creche nos sindicatos e nas mesas de negociação
- Pensar uma política de enfretamento contra o assedio moral e sexual no movimento sindical e no trabalho
- Formação sindical – estruturar curso de formação na CUT sobre a luta feminista, abordando a luta das mulheres na CUT, com recorte racial.
- Implementação do Plano Nacional de Saúde Integral da Mulher
Érica Aragão, da CUT - 16/10/2015
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