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Argentinas organizam paralisação contra feminicídio

Linha fina
Mulheres cruzaram os braços por uma hora em protesto a brutal assassinato com estupro chocou o país
Imagem Destaque
CUT
21/10/2016

São Paulo - Durante uma hora, entre 13h e 14h, as argentinas cruzaram os braços e protestaram contra o assassinato da jovem Lucía Perez, de 16 anos. O crime chocou o país vizinho, que vive onda de manifestações contra o feminicídio.

A paralisação foi convocada pelas organizadoras da campanha “Ni uma Menos”, que se espalhou por vários países da região. Protestos foram feitos no Chile, Uruguai, Venezuela e Brasil.

Lucía foi sedada, estuprada e empalada. Dois homens que vendiam drogas próximo da escola em que a jovem estudava, Matías Farías, de 23 anos, e Juan Pablo Offidani, de 41, foram presos e acusados por estupro seguido de homicídio. Uma terceira pessoa foi detida por ter ajudado a acobertar o caso.

O crime, cometido na pequena Mar Del Plata, de 600 mil habitantes, gerou comoção em toda Argentina. Desde que Lucía foi morta, no último dia 8 de outubro, outras mulheres foram assassinadas por seus ex-companheiros.

No ano de 2015, segundo a Corte Suprema da Justiça da Argentina, houveram 235 femincídios, contra 225 em 2014. A paralisação de ontem, é similar a que houve na Polônia, com todas as mulheres vestidas de preto. No país europeu, a greve se deu por conta da tentativa do governo de proibir o aborto em qualquer situação.
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