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Chapéu
São Paulo

Hospital da zona oeste de São Paulo atende com metade dos médicos necessários

Linha fina
Profissionais e moradores denunciam que desmonte promovido por Bruno Covas tem afetado o atendimento na saúde municipal
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Foto: Reprodução

Moradores da zona oeste da capital paulista, funcionários e médicos do Hospital e Maternidade Mário Degni realizaram um ato, na terça-feira 22, para denunciar o desmonte da unidade. Levantamento do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) indica que, dos 63 médicos que são necessários para atender os plantões de 24 horas, o hospital conta com apenas 31. A situação é mais crítica no setor de ginecologia e obstetrícia, onde deveria haver 21 médicos e apenas seis estão prestando atendimento – um déficit de 15 profissionais.

A reportagem é da Rede Brasil Atual.

Segundo os relatos, há quatro meses o hospital não consegue manter o atendimento por falta de médicos. A neonatologia passa pelo mesmo problema: do número ideal de 14 profissionais, o hospital conta apenas com cinco.

“Nós estamos sofrendo um processo de desmonte que vem acontecendo na saúde por conta da visão privatista que tem o prefeito Bruno Covas (PSDB). Ultimamente, os plantões são realizados com 25% da capacidade que deveriam ter”, denuncia Santana Silva, do Coletivo Butantã na Luta, ao repórter André Gianocari, da TVT.

Uma carta assinada pelos próprios médicos do hospital e endereçada à Secretaria Municipal de Saúde, com cópias para o Ministério Público, denunciou a precariedade do atendimento à população naquela unidade hospitalar.

“O hospital está trabalhando no limite, todos os procedimentos eletivos estão suspensos para dar conta da demanda de gestantes que chegam. Somado a isso, a região oeste da capital sofre com o desmonte do Hospital Universitário da USP, que faz com que a demanda do Mario Degni aumente muito”, explica Eder Gatti, presidente do Simesp.

O hospital é referência em violência contra a mulher e gravidez de risco, mas alguns serviços simplesmente deixaram de ser prestados. “Vários procedimentos eletivos foram suspensos para dar conta da urgências e emergências. Por exemplo, médicos, que antes trabalhavam com programas de planejamento familiar, faziam cirurgias e laqueaduras não fazem mais, porque têm de ajudar os colegas que estão sobrecarregados”, acrescentou Eder.

Assista à reportagem do Seu Jornal, da TVT

 

 

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