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Chapéu
Pandemia não acabou!

Aglomeração e transtornos na Central de Atendimento do Itaú

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Dirigente Serginho em frente ao CAT

A empresa de call center Atento sofreu um ataque cibernético na manhã do domingo 17. Por conta disso, o banco Itaú, um dos clientes da Atento, resolveu acolher no CAT Tatuapé cerca de 500 funcionários da empresa, o que gerou aglomerações e transtornos na Central de Atendimento do banco, na segunda-feira 18 e terça-feira 19, em plena pandemia.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo foi ao local e constatou o problema. “A fim de dar continuidade às operações que a Atento realiza para o Itaú, o CAT recebeu os cerca de 500 trabalhadores da empresa, mas sem a estrutura adequada para acomodá-los”, diz Sergio Lopes, o Serginho, um dos dirigentes do Sindicato que esteve no local.

“O que vimos foi um erro atrás do outro: não havia transporte adequado para esses trabalhadores, houve aglomeração, o distanciamento social necessário na pandemia não foi respeitado, não havia álcool em gel e os funcionários não estavam usando máscaras adequadas. A lanchonete do local ficou lotada e não conseguiu atender a grande demanda com os critérios de segurança necessários na pandemia. Foi um verdadeiro caos”, relata Serginho. “É muita falta de responsabilidade! A pandemia não acabou”, indigna-se o dirigente.

Os próprios funcionários da Atento reclamaram da falta de condições de trabalho: “Nós chegamos no Itaú e não havia o mínimo de condições adequadas pra gente trabalhar”, disse um deles aos dirigentes.

O Sindicato denunciou o problema ao RH do Itaú, que ficou de resolvê-lo para não colocar em risco a vida dos funcionários da Atento e dos trabalhadores do próprio banco. “Os funcionários da Atento continuam indo para o CAT, mas depois que reclamamos, houve melhoras. Menos aglomeração, e mais medidas de segurança, como distribuição de álcool em gel”, conta Serginho.

“Não queremos que a pandemia aumente, queremos que diminua, para que todos possam retomar suas vidas normalmente. Mas desse jeito fica difícil. E o que ocorreu mostra que o Itaú ainda não está preparado para o retorno ao trabalho presencial. O Sindicato continua acompanhando, estamos indo ao local diariamente, e vamos continuar cobrando que haja condições de trabalho e que sejam seguidos os protocolos de segurança, e caso o banco não cumpra, realizaremos uma ação sindical”, afirma Serginho.

O dirigente pede também que os bancários denunciem ao Sindicato caso presenciem aglomerações no CAT ou em outro prédio do Itaú. As denúncias podem ser feitas via Central de Atendimento do Sindicato: por telefone (3188-5200); WhatsAppchat ou e-mail.

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