Foi eleito presidente da República neste domingo, 30 de outubro, Luiz Inácio Lula da Silva. Lula obteve 60.345.999 votos, um recorde na história do país, e venceu o atual presidente, Jair Bolsonaro, por 50,90% dos votos válidos contra 49,10%. Em 1° de janeiro de 2023, Lula assumirá seu terceiro mandato à frente do país, sendo o único mandatário brasileiro a realizar tal feito.
Durante a sua campanha, Lula assumiu compromissos importantes com a classe trabalhadora. Entre eles, a valorização anual do salário mínimo; a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil, assim como a correção da tabela; revogação dos pontos nocivos da reforma trabalhista; uma Previdência que contemple aumento da cobertura e sustentabilidade; e o fortalecimento dos bancos públicos e da sua função social.
Por outro lado, fica para trás um governo que negligenciou a pandemia e durante quatro anos atacou os direitos dos trabalhadores brasileiros e o movimento sindical. No caso específico da categoria bancária, em mais de uma oportunidade Bolsonaro tentou por meio de medidas provisórias acabar com a jornada de seis horas, reduzir o pagamento de horas-extras e normalizar o trabalho aos finais de semana. Só não conseguiu devido a mobilização dos bancários e a atuação firme de suas entidades representativas e de parlamentares de oposição no Congresso Nacional.
“Com Lula, renovamos a esperança de um governo parceiro dos trabalhadores, que dialogue com todos os setores da sociedade, e unifique o país. Sabemos que não será uma tarefa fácil, uma vez que Bolsonaro deixará como legado um Estado destruído, e a configuração do Congresso não é favorável aos interesses da classe trabalhadora. Portanto, os movimentos sociais e sindical, os bancários, de bancos públicos e privados, devem permanecer unidos e mobilizados na defesa dos direitos dos trabalhadores e de um país mais justo, solidário e com oportunidades para todos”
Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região