
Na manhã desta terça 7, o Sindicato - junto com os empregados da Caixa, aposentados usuários do Saúde Caixa e outras entidades representativas - paralisou as atividades do Prédio do Brás, concentração do banco público localizada na capital paulista.
A paralização no Prédio do Brás – onde funcionam diversos setores da Caixa, como Recoc, Cicoc, Ciaus, Cesad, SEV, agências digitais, Cicov, Ciope e parte da Cesoa, além de uma agência física e agências digitais – foi um protesto contra a proposta apresentada pela direção do banco público para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Saúde Caixa.
Outros atos estão sendo realizados por todo o país.
Durante o protesto, a polícia militar foi acionada, mas os empregados resistiram e mantiveram a paralisação.
“Estamos mobilizados, de forma permanente, para cobrar da Caixa uma proposta digna, que respeite o direito à saúde dos seus empregados. Se a Caixa é um banco fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país, isso se deve ao trabalho e empenho de cada um dos seus empregados, que devem ser respeitados e valorizados pela direção do banco”, enfatiza o diretor executivo do Sindicato e empregado da Caixa, Francisco Pugliesi, o Chico.
Francisco Pugliesi, o Chico, diretor executivo do Sindicato e empregado da Caixa,
Proposta da Caixa
Em mesa negocial com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE), realizada na segunda-feira (6), a Caixa negou a extinção do teto de 6,5% da folha salarial para os seus gastos com a saúde de seus empregados e apresentou uma proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho do Saúde Caixa com aumento do percentual de contribuição dos titulares de 3,5% para 5,5%. A CEE recusou a proposta na mesa de negociação.
A proposta do banco ainda prevê reajuste do valor a ser pago por dependente, de R$ 480 para R$ 672. Pela proposta da Caixa, os valores máximos a serem pagos pelas empregadas e empregados sofrerão reajuste médio de 71%, passando de até 7% para até 12% da remuneração base.
Ainda conforme a proposta, o reajuste médio nas contribuições dos titulares pode chegar a 57,14%. Para os dependentes a 40% e os valores máximos a serem pagos pelas empregadas e empregados sofreria um acréscimo de 71%.
“Estamos abertos à negociação, mas não podemos apresentar uma proposta como esta para os empregados da Caixa. Queremos uma proposta digna, que valorize quem trabalha todos os dias pelo desenvolvimento do país e para bem atender os brasileiros. Vamos intensificar cada vez mais as mobilizações. A participação de cada empregado nesta luta é fundamental para termos sucesso”, conclui a dirigente do Sindicato e empregada da Caixa Luiza Hansen.
