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Bancárias criam Coletivo Nacional de Mulheres

Linha fina
Proposta é fomentar o debate sobre a questão da representatividade de gênero e a igualdade de direitos no trabalho e na sociedade
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São Paulo - O Coletivo Nacional de Mulheres foi criado na quarta 27, dia de encerramento do 3º Encontro Nacional de Mulheres Bancárias, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), desde segunda-feira 25, no Instituto Cajamar, em São Paulo, com a participação de 98 mulheres da dirigência sindical de todo o país. A proposta do coletivo é fomentar o debate sobre a questão da representatividade de gênero e a igualdade de direitos no trabalho e na sociedade.

"Nós mulheres temos que ocupar posições e cargos de destaque naturalmente nas entidades, empoderamento é isso", disse Juvandia Moreira (de pé na foto), presidenta do Sindicato - o maior do setor - que tem 70% da diretoria executiva composta por mulheres.

"Nós podemos fazer um coletivo nacional muito bem organizado, com dados muito precisos, mas mulheres e homens dirigentes sindicais precisam ter a compreensão de que a solidariedade de classe é ótima para a luta, mas a solidariedade entre os gêneros também é fundamental", ressaltou a conselheira diretiva da Contraf/CUT, Jô Cartilho, em entrevista à TVT.

Segundo um estudo do Dieese, as mulheres bancárias têm salários, em média, 24% menor do que os dos homens, mesmo sendo maioria nos bancos privados e possuindo maior nível escolar. De acordo com a técnica do órgão, Bárbara Vazquez, a diferença de remuneração entre homens e mulheres aumenta conforme o grau de escolaridade. "Entre trabalhadores e trabalhadoras que têm doutorado, por exemplo, a diferença chega a 56,5%", disse.

Para a vice-presidente da CUT Nacional, Carmem Foro, as demandas das mulheres só serão efetivamente atendidas se elas "ocuparem os espaços de representação política na sociedade e no movimento sindical", visto que a maioria das diretorias de sindicatos é composta por homens. Apesar disso, as bancárias reforçaram que não buscam substituir a representação masculina nos órgãos, mas uma colaboração entre os gêneros. "Não há uma substituição, o que há é um caminhar na construção de uma sociedade igual e justa", afirmou a diretora do Sindicato dos Bancários da Bahia Patrícia Ramos.


Rede Brasil Atual - 28/11/2013

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