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MB com a Presidenta debate igualdade racial

Linha fina
Programa de webtv, especial sobre consciência negra, vai ao ar ao vivo às 20h, pelo site, com reflexão sobre o combate à discriminação
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São Paulo - Ações afirmativas de combate à discriminação, bem como a criação e implementação de políticas públicas para promover a igualdade étnico-racial estão entre os temas que serão discutidos no Momento Bancário com a Presidenta, especial semana da consciência negra, nesta quinta-feira 21, às 20h.

O programa de webtv ao vivo conduzido pela presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, contará com a participação de Júlio Cesar Silva Santos, coordenador do Coletivo de Combate ao Racismo da entidade, e da advogada Alessandra Devulsky, doutoranda em Direito Econômico e Financeiro (USP) e diretora do Instituto Luiz Gama, associação que atua na defesa das questões sobre os negros, as minorias e os direitos humanos.

Muitas reflexões apontam avanços nas demandas da população negra, mas estudos e pesquisas divulgados em razão das comemorações do Dia da Consciência Negra revelam que muito precisa avançar, como combate à violência e ao preconceito, promoção da igualdade de oportunidades, melhoria da qualificação educacional, maior participação do negro no mercado de trabalho e aumento da representatividade desta população nos espaços de poder.

Participe do Debate – Você já pode mandar perguntas ou comentários para o programa pelo [email protected] ou via Twitter usando #MBemDebate. Assista!

Negro nos bancos - No Brasil, 50,7% da população é formada por negros (pretos e pardos) segundo o censo do IBGE de 2010. No entanto, nos bancos a realidade é outra. Segundo a própria Febraban, só 19% dos bancários são negros.

> Bancos pagam menos e demitem mais negros

Formação Educacional – De acordo como Censo de 2010, entre os jovens de 18 a 24 anos, que representa 14% da população, apenas 8,3% dos estudantes eram negros.

Os negros representam 48,2% dos trabalhadores nas regiões metropolitanas. A pesquisa, realizada pelo Dieese entre 2011 e 2012 nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo, além do Distrito Federal, aponta desproporção também em relação à formação educacional. Dos negros trabalhadores, 27,3% não haviam concluído o ensino fundamental (que vai do 1º ao 9° ano) e apenas 11,8% conquistaram o diploma de ensino superior, ao passo que entre os não negros em atividade 17,8% não terminaram o ensino fundamental e 23,4% formaram-se em uma faculdade.

Violência e racismo - Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre racismo no Brasil, revela que a possibilidade de um adolescente negro ser vítima de homicídio é 3,7 vezes maior do que a de um branco. A estatística demonstra que as maiores vítimas de homicídios no Brasil são homens jovens e negros, numa proporção 135% maior do que os não negros: enquanto a taxa de homicídios de negros é de 36,5 por 100 mil habitantes. No caso de brancos, a relação é de 15,5 por 100 mil habitantes.


Elisângela Cordeiro - 21/11/2013

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