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Rosa Luxemburgo inspira luta das bancárias

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Palestra sobre a militante polonesa-alemã abriu 3º encontro nacional; presidenta do Sindicato fala na quarta-feira 27, sobre reforma política
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São Paulo - O 3º Encontro Nacional das Mulheres Bancárias foi aberto na segunda-feira 25 com uma palestra sobre a filósofa e economista Rosa Luxemburgo. O evento, promovido pela Contraf-CUT no Instituto Cajamar, em São Paulo, vai até dia 27, com palestras e debates sobre a questão de gênero, participação e organização das trabalhadoras.

O debate "A obra de Rosa Luxemburgo na atualidade" teve como palestrante a professora Isabel Loureiro. Segundo ela, embora a filósofa, economista e militante polonesa-alemã não tenha sido vista como uma feminista por seus contemporâneos, ela foi defensora do voto feminino e inspiração de atuação política: "Quando nenhuma mulher militava politicamente, ela foi capaz de enfrentar essa barreira e ocupar o espaço público".

Segundo a professora, a redescoberta de Rosa Luxemburgo pelo movimento feminista aconteceu nos anos 1980, quando a sua máxima de que a liberdade não pode ser outorgada, mas sim conquistada, dentro do princípio de que "a emancipação dos trabalhadores é obra dos trabalhadores", passou a nortear as lutas das mulheres.

"Pelo pensamento de Rosa Luxemburgo, as mulheres têm que atuar politicamente por si mesmas e não deixar outros agirem em seu lugar. O conceito de autonomia das massas, passa a ser pensado em termos da autonomia da mulher. Temos que nos libertar a nós mesmas", defendeu a professora.

Reforma Política - Participam do 3º Encontro Nacional das Mulheres Bancárias sindicalistas de todo o país. A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, estará na mesa "Reforma Política e as Mulheres", agendada para a manhã de quarta 27, a partir das 10h20.

"Nosso desafio é encontrar caminhos para romper com a exploração e a discriminação de gênero, uma vez que as mulheres, metade da população, têm desvantagens históricas . Na categoria bancária, essa discriminação se expressa dentro dos bancos com o tratamento desigual entre homens e mulheres, mas também dentro dos sindicatos, onde temos muitas barreiras a romper", disse na abertura do encontro a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Deise Recoaro.

Programa

Dia 26 - Terça-feira
9h às 10h30 - Análise de conjuntura com Néstor Bercovich - representando a divisão de assuntos de gênero da Comissão Econômica para América Latina e Caribe - CEPAL e Erika Kokay Deputada Federal - PT/DF;
10h30 às 11h- Apresentação de trecho da peça "Carne" da Kiwi Companhia de Teatro
11h às 12h30- Debate em plenário sobre contexto da peça
14h às 14h20- "Articulação entre Trabalho Produtivo e Trabalho Reprodutivo", com Marilane Oliveira Teixeira - economista, pesquisadora do CESIT/UNICAMP e assessora sindical
14h20 às 14h40- "Trabalho, Corpo e Subjetividade", com o Prof. Giovanni Alves - UNESP Marília
14h40 às 15h- "Uma avaliação do Pró-equidade nos Bancos Públicos", com Gláucia Fraccaro - pesquisadora-membro do Comitê de Pesquisas;
15h20 às 18h00 Debate com convidadas e convidado
20h- Confraternização - Apresentação da Banda Fulanas de Tao (Contribuição do SEEB ABC)

Dia 27 - Quarta-feira
9hh às 10h Exposição: "O Trabalho Bancário e as Mulheres", com Barbara Vallejos Vazquez - subseção DIEESE/CONTRAFCUT
10h às 10h20- "Paridade na CUT e as ações das mulheres em 2014", com Carmen Foro - vice-presidenta da CUT NACIONAL
10h20 às 10h40- "Reforma Política e as Mulheres", com Juvandia Moreira - presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região
10h40 às 11h-"Campanha da UNI Américas por Equidade de Gênero", com Briceida Gonzalez - Diretora Regional UNI Américas
11h às 12h30- Debate com as convidadas
14h às 16h - Formação do Coletivo Nacional de Mulheres;- Calendário de atividades
16h00 Encerramento


Contraf-CUT, com edição da Redação - 26/11/2013

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