No 3 Minutos desta terça-feira 19, a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, fala sobre o Dia da Consciência Negra, comemorado nesta quarta-feira 20, data da morte de Zumbi dos Palmares.
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A presidenta destaca que, apesar dos debates sobre os direitos do povo negro no dia 20, é preciso debater e levantar pautas o ano todo sobre o tema. Dentre elas, a igualdade salarial e de oportunidade para negras e negros.
Ivone lembra que a população é maioria no Brasil (55,8%), e que continua ganhando menos que os brancos, uma consequência do resquício da escravidão e da falta de política públicas. A dirigente cobra que as empresas e os bancos deem oportunidades de emprego a negras e negros. "Queremos ser atendidos por negros nos bancos, ser atendidos por médicos negros, o que a gente quase não vê, termos mais advogados negros."
Ela ressalta que ainda há pouquíssimos negros e pardos na categoria bancária. "Enquanto que na população eles são em torno de 55%, nos bancos não chegam a 25%.”
E chama a atenção dos bancários e bancárias para a importância de responderem ao Censo da Diversidade (disponível no site da Febraban até 29 de novembro), que traçará um perfil da categoria por raça, gênero, orientação sexual e PCDs (pessoas com deficiência). "O Censo é importante para continuarmos mapeando esse quadro e continuarmos insistindo com os bancos sobre a inclusão de negros e pardos na categoria bancária", diz.
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Marcha da Consciência Negra
Na data que marca o Dia da Consciência Negra, no feriado desta quarta-feira 20, será realizada a 16ª Marcha da Consciência Negra, na Avenida Paulista, com concentração a partir das 12h, no Masp. O tema este ano é "Vida, Liberdade e Futuro, contra o genocídio e criminalização do povo negro". O Sindicato dos Bancários de São Paulo estará presente, por meio de seus dirigentes em geral e dos dirigentes que formam o Coletivo de Combate ao Racismo.
"O racismo mata. Por esse motivo, marcharemos junto a outros movimentos sociais para reivindicar mais direitos para população negra, como moradia, educação, emprego", diz Ana Marta Lima, coordenadora do coletivo.
Haverá apresentações culturais entre 12h e 15h, em seguida leitura de manifesto e falas políticas. A previsão é que a Marcha saia por volta das 16h. Participe!
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