Você sabia que até 2014, as bancárias ganhavam, em média, 77,9% do salário médio dos bancários? Ainda que a qualificação profissional delas fosse superior à deles: 82,5% das bancárias tinham curso superior completo, enquanto que esse percentual entre os bancários era de 76,9%.
Não era muito diferente em 2008, quando o salário médio das bancárias correspondia a 76,4% da média dos salários dos homens; e 71,2% delas tinham curso superior completo, contra 64,4% deles.
Esses dados foram coletados nas duas primeiras versões do Censo da Diversidade Bancária, uma conquista da categoria junto à Fenaban (federação dos bancos). O Censo, que está sendo realizado novamente este ano, visa traçar um perfil da categoria por gênero, raça, orientação sexual e PCDs (pessoas com deficiência). O objetivo é que, munidos desses dados, o movimento sindical bancário possa propor e cobrar dos bancos políticas de valorização e de promoção da igualdade de oportunidades no setor.
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“É uma enorme injustiça que, em pleno século 21, as mulheres ainda ganhem menos que os homens, que ainda ocupem menos cargos de direção. Assim como é injusto que negras e negros ainda sejam minoria no setor bancário, e que os bancos tenham muito poucos trabalhadores PCDs. São injustiças que precisam ser combatidas, e os dados do Censo nos ajudam a cobrar dos bancos soluções para elas. Por isso é fundamental que bancárias e bancários respondam ao Censo da Diversidade, quanto maior a participação, mais fiel será o perfil traçado pela pesquisa”, ressalta a secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Neiva Ribeiro.
O questionário está no site da Fenaban e o prazo para respondê-lo, que seria até o final de outubro, foi prorrogado para 29 de novembro, por reivindicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT).
> Clique aqui para responder o questionário do 3º Censo da Diversidade e colabore para a construção de um setor mais justo, diverso e igualitário para todos.
Agentes da Diversidade
A secretária-geral do Sindicato lembra que o ambiente de trabalho nos bancos reflete a sociedade em que está inserido, e que as mudanças devem ser mais profundas. “Claro que, munidos dos dados deste Censo, vamos sentar na mesa com os bancos e reivindicar ações que corrijam injustiças e discriminações. Mas este ano, o Censo propõe algo além. Queremos que os próprios bancários se tornem agentes da diversidade, e que ajudem a promover a cultura da não violência e do respeito às diferenças, tanto no ambiente de trabalho quanto em seus outros círculos de convivência”, explica Neiva.
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Além de promover campanha para que os bancários se tornem agentes da diversidade, o Sindicato elaborou material para auxiliar os agentes nos debates sobre o tema: cartilha, um glossário da diversidade, e uma série de reportagens que são ferramentas da diversidade. Vejas links abaixo.
Ferramentas para a promoção da diversidade:
> Glossário tim tim por tim tim da diversidade
> Filmes para pensar a diversidade: machismo
> Filmes para pensar a diversidade: racismo
> Filmes para pensar a diversidade: sexual e de gênero
> Filmes para pensar a diversidade: Pessoas com Deficiência
Reportagens sobre valorização da diversidade:
> Bailarina negra celebra sapatilha do tom da sua pele
> Evangélicos ajudam a reconstruir terreiro
> Técnico do Bahia faz discurso histórico sobre racismo e quebra a internet
> Coletivo Violeta abre as portas para seu novo espaço
> Pedreiro aprende ballet para ajudar filhas autistas