Em pouco mais de 15 dias, a palavra ‘macaca’ foi usada de forma racista contra duas famosas, ao vivo, em plena rede de televisão. A primeira vítima foi a cantora Ludmila e a segunda, a Miss São Paulo, Sabrina Paiva, participante do reality show.
Essas duas situações só mostram que os debates que ocorrem neste mês de novembro, para marcar o dia da Consciência Negra, no dia 20, precisam ser mais efetivos e envolver mais a sociedade.
Segundo o site Consultor Jurídico, o termo macaca: uso da palavra com conotação racista é secular, mas hoje dá cadeia (ou pelo menos deveria).
Ludmila em dia de premiação
Durante uma premiação musical, no dia 29, a cantora Ludmilla venceu a categoria de música chiclete. Ao subir no palco para receber o prêmio, alguém presente na plateia a chamou de macaca. Telespectadores que acompanhavam a transmissão também ouviram e o caso repercutiu nas redes.
Em sua conta no Instagram, a cantora afirmou que ouviu a ofensa, porém, não soube identificar quem foi o autor. Ludmilla ainda se mostrou indignada e destacou que a vida para os negros nunca foi fácil. “Com preconceito e com julgamentos pela cor da pele, vocês só complicam as coisas”, disse a cantora.
Ela ainda relembrou outros casos em que sofreu racismo como o praticado pela socialite Val Marchiori, no carnaval de 2016, também em rede de televisão, e se mostrou esperançosa com a condenação por parte da Justiça. “Mesmo que a justiça seja lenta e demore, isso não significa que a cobrança não vai chegar, espero que as pessoas paguem e sejam cobradas pelo crime que cometeram”, afirma.
Sabrina Paiva após vencer prova em reality
Já na noite do dia 5, após vencer a prova do líder em um reality, a Miss São Paulo, Sabrina Paiva também foi vítima de racismo. Ela ouviu ser chamada de ‘macaco’ por um cinegrafista que trabalhava na produção. Indignada, ela comentou com colegas que teria ouvido um ‘senta logo aí, macaco’. Novamente, quem acompanhava o episódio, também levou o caso para as redes sociais. No dia seguinte, após a repercussão, a emissora demitiu o contratado.
Confinada, ela se isolou após ter sido avisada pela produção do programa o que havia ocorrido. E na sua conta do Instagram, gerenciada por sua assessoria, há posts de repúdio e muito apoio dos fãs. “É muito triste o que aconteceu e atinge não só a Sabrina, mas a realidade do nosso país”, diz a nota.
A dirigente sindical e coordenadora do Coletivo de Combate ao Racismo do Sindicato, Ana Marta Lima, diz que casos como esses não podem mais ser permitidos. “Não vamos mais aceitar que os negros sofram racismo por parte da sociedade. Repudiamos o racismo sim, e não é somente neste mês, mas sempre. As pessoas perderam a noção e estão sem nenhum pudor, manifestando seu racismo e seu preconceito”, diz.
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Agentes da Diversidade
Se você quer ajudar a combater o racismo no ambiente de trabalho e nos espaços públicos, foi lançada uma campanha para que bancárias e bancários tornem-se agentes da diversidade. Ou seja, cidadãos conscientes da necessidade de ampliação da igualdade de oportunidades no setor bancário e da eliminação dos preconceitos na sociedade, e empenhados em debater e promover o respeito às diferenças, a cultura de não violência e o fim de qualquer discriminação, tanto nos locais de trabalho quanto em seus círculos de convivência social.
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Veja as ferramentas para pensar a diversidade que o Sindicato disponibilizou para você:
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> Filmes para pensar a diversidade: machismo
> Filmes para pensar a diversidade: sexual e de gênero
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