Neste final de ano, o Itaú encomendou o pior dos presentes para dezenas de bancários em todo o Brasil, mas, sobretudo, para mais de 70 trabalhadores da Central Gerentes: todos foram ou serão demitidos.
Há dois meses o banco anunciou a terceirização da Central Gerentes, e 200 trabalhadores tiveram um prazo de dois meses para tentar uma realocação. O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região recebeu diversos relatos de que os bancários foram entregues à própria sorte, sem que suas competências e capacidades fossem de fato aproveitadas em vagas compatíveis.
Diante desta situação, o Sindicato voltou ao CEIC, sede do Itaú, para protestar. Desta vez, sem falas, sem música. O ato, realizado na manhã desta terça 14, foi em luto aos empregos perdidos para a terceirização, a morte do trabalho digno.
"Somente em 2023, o Itaú já lucrou R$ 26 bilhões. Apenas com a receita da prestação de serviços e tarifas bancárias cobradas dos clientes, receita secundária, o Itaú cobre em 164,4% toda a sua despesa com pessoal, incluindo a PLR. Não existe motivo para tantas demissões. Ainda assim, nos últimos 12 meses, o Itaú cortou 1.082 postos de trabalho", enfatiza Edegar Faria, dirigente do Sindicato e bancário do Itaú.
"Nas próximas semanas será veiculado mais um comercial de final de ano do banco. Se ele pedir respeito, esperança, humanidade, amor entre as pessoas, lembrem-se dos demitidos pelo Itaú este ano", conclui o dirigente.