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Chapéu
Violência contra a mulher

Sindicato na luta por um Brasil sem misoginia

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arte da campanha Brasil sem Misoginia

Cerca de 18,6 milhões de mulheres brasileiras foram vítimas de violência em 2022. O número equivale a um estádio de futebol com capacidade para 50 mil pessoas lotado todos os dias. Em média, as mulheres que foram vítimas de violência relataram ter sofrido quatro agressões ao longo do ano, mas entre as divorciadas a média foi de nove vezes.

Os dados são da pesquisa Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Segundo o levantamento, 28,9% das brasileiras sofreram algum tipo de violência de gênero em 2022, a maior prevalência já verificada na série histórica, 4,5 pontos percentuais acima do resultado da pesquisa anterior.

Em face desta situação, o governo federal lançou o programa Brasil Sem Misoginia, uma proposta de mobilização nacional de toda a sociedade brasileira, com o objetivo de enfrentar a misoginia, o ódio e todas as formas de violência e discriminação contra as mulheres.

“A categoria bancária é pioneira no combate à misoginia, o machismo e toda violência contra as mulheres. Por isso estamos juntas com o Ministério das Mulheres nesta Campanha Brasil sem Misoginia. Temos o foco em levar informação para o maior número de mulheres, para que elas conheçam seus direitos e os canais de proteção.”

Neiva Ribeiro, presidenta do  Sindicato dos Bancários de São Paulo

Ana Hickmann: mais uma vítima

Neste domingo 12, o país teve conhecimento de mais um caso de violência contra a mulher. A vítima foi a apresentadora Ana Hickmann, e a agressão ocorreu em Itu (99 Km de São Paulo).

De acordo com o boletim de ocorrência obtido pelo UOL, a polícia foi acionada após discussão entre o casal por volta de 15h30, que foi testemunhada por funcionários e pelo filho do casal, de apenas 10 anos. Alexandre Correa, marido de Ana, teria a pressionado contra a parede e a ameaçado com cabeçadas. Segundo o depoimento de Ana, o empresário teria se irritado com uma conversa da esposa com o filho, que correu ao presenciar a briga entre os pais.

“Este caso da Ana Hickmann exemplifica bem que a violência contra as mulheres atinge todas as classes sociais, porque é um problema estrutural em toda sociedade. Por isso a importância de mudarmos as estruturas, mostrando que não aceitaremos violência contras as mulheres”, afirma Neiva Ribeiro.

Violência contra a mulher tem alta em 2022

Crimes de violência contra mulher tiveram alta em 2022, em comparação com 2021, de acordo com dados de outro levantamento, o Anuário do Fórum Brasileiro da Segurança Pública.

Além do aumento de casos de estupro, onde 88,7% das vítimas se identificavam pelo sexo feminino, o feminicídio também foi um dos crimes que tiveram aumento de registros em 2022.

No ano passado, foram 1.437 casos registrados no Brasil, em comparação com 2021 - quando foram 1.347 casos, um aumento de 6,1%. Os homicídios de mulheres aumentaram 1,2% de um ano para o outro.

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