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Conferência encerra homenageando Mandela

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Sindicato participou do encontro mundial de mulheres promovido pela UNI Global Union na África do Sul. Debates tiveram crise internacional como pano de fundo
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São Paulo – Com uma homenagem a Nelson Mandela, um dos principais símbolos mundiais de luta contra a desigualdade racial, terminou na sexta-feira 5 a 4ª Conferência Mundial das Mulheres da UNI Sindicato Global, dia em que se completou um ano da morte do líder.

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As diretoras do Sindicato Neiva Ribeiro, Erica Godoy e Rita Berlofa participaram intensamente das discussões da Conferência iniciada em 4 de dezembro.

Tendo a crise mundial como pano de fundo, foram debatidas  propostas pela igualdade salarial e de oportunidades, pelo fim da violência e por políticas públicas de atenção às mulheres, como na área da saúde.

Realizado na Cidade do Cabo, na África do Sul, o evento reuniu 58 países, 211 delegadas, 61 observadores  e 173 convidados, em um total de 158 sindicatos de todo o mundo.

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As dirigentes participam ainda, entre os dias 7 e 10 de dezembro, do 4º Congresso Mundial da UNI Sindicato Global, também na Cidade do Cabo.

Igualdade de oportunidades – Como contribuição a outros países, o Sindicato mostrou a experiência de sua luta pela igualdade de oportunidades.

No setor bancário brasileiro, o tema que prevê igualdade salarial e de promoção sem nenhum tipo de discriminação, é pauta de discussão nas mesas de negociação de trabalhadores junto às instituições financeiras. “Ressaltamos a importância desse debate”, conta a dirigente Neiva Ribeiro.

“Promover a inclusão de pessoas com deficiência e de negros e negras também está nas nossas negociações. No Brasil, apesar de 50% da população ser negra, somente 24% estão incluídos na categoria, sendo apenas 8% mulheres negras, ganhando os menores salários e ocupando postos menores. Quase não há bancárias nas altas direções dos bancos”, relata. “E, se as mulheres sofrem discriminação, imagina as pessoas com deficiência. Mudar isso é um grande desafio.”

De acordo com a dirigente, relações compartilhadas também deveriam ser discutidas: “As crianças devem ser cuidadas por todos. A igualdade de oportunidades também passa pela discussão do trabalho doméstico, invisível e desvalorizado”, completa.

Rompendo barreiras – “Onde as mulheres estão inseridas, são promovidas mais políticas públicas que beneficiam não só a elas, mas a toda sociedade, pois a mulher produz política pensando o conjunto”, ressalta Neiva, ao parabenizar a UNI Sindicato Global por concretizar o percentual de 40% de mulheres na sua direção na 4ª Conferência.

“Socializamos também nossa experiência na Central Única dos Trabalhadores, que implementará a paridade de gênero nas direções em seu próximo congresso, fruto de muita luta e organização das sindicalistas da CUT”, destaca a dirigente.

A delegação brasileira fez diversas intervenções apontando os avanços da Lei Maria da Penha no enfrentamento à violência contra a mulher. A lei é uma das regulamentações mais importantes do mundo sobre o tema.

Com o mote “Todos incluídos” e a palavra de ordem “Masakhane”, que significa “vamos construir juntos”, foi aprovado plano de prioridades estratégicas para a política de igualdade de oportunidades da UNI para os próximos quatro anos. Em 2018, Liverpool sedia a conferência.


Mariana Castro Alves – 5/12/2014
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