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Ano de resistência na luta contra o preconceito

Linha fina
Bandeiras contra intolerância e todas as formas de violência ganharam força nas ruas e redes sociais, alavancando debates promovidos pelo Sindicato a favor da conscientização da categoria
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São Paulo – A luta pelos direitos da cidadania e igualdade de oportunidades é uma marca em importantes atuações do Sindicato. E 2015 foi efervescente nesse sentido. Centenas de bancários participaram das manifestações e dos debates promovidos pelo Sindicato contra o racismo, o machismo, os preconceitos com imigrantes, entre outros temas.

Maria Rosani Gregoruti (foto à esquerda), secretária de Relações Sindicais e Sociais da entidade, lembra que a pauta contra o machismo ganhou as redes sociais e as ruas. “Um tema ao qual sempre demos grande importância teve, neste ano, ainda mais projeção nas redes sociais e ganhou força com o engajamento da juventude. A partir daí, propagandas machistas foram expostas, ações incomodaram quem pratica e quem apoia o preconceito e a violência contra a mulher. Foi um ano histórico para o feminismo e essa luta só vai aumentar em 2016”, destaca a dirigente.

Violência – No setor financeiro, a preocupação com a violência de gênero é grande. De acordo com dados da consulta nacional respondida pelos bancários, se em 2014, 1% dos empregados de bancos apontava que o combate ao assédio sexual deveria ser debatido na Campanha Nacional, em 2015 o número subiu para 12%. Participaram mais de 48 mil trabalhadores em todo o país. E a luta contra esse crime também seguirá forte em 2016, ainda que à revelia dos bancos que se recusaram a fazer tão importante debate.

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Em 25 de novembro, Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, o Sindicato foi para as ruas, ampliar o debate. “Além de levar o tema à categoria, somos um Sindicato Cidadão, ou seja, contato com a população na conscientização é essencial”, ressalta Rosani.

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LGBT – A defesa pelo respeito aos direitos dos casais homoafetivos também está na pauta do Sindicato. Em junho, a psicóloga Clara Cavalcantti conversou com dirigentes sindicais sobre preconceito, orientação sexual, identidade de gênero e a dificuldade da inserção do público LGBT em diversas áreas no mercado de trabalho.


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Não ao racismo – Novembro também foi o ápice dos debates sobre racismo e violência contra negros, uma vez que o Dia da Consciência Negra é lembrado no 20º dia do mês, data da morte de Zumbi dos Palmares. De acordo com o Mapa da Violência 2015, o número de mulheres negras mortas cresceu 54% em 10 anos (de 2003 a 2013), enquanto que o número de brancas assassinadas caiu 10% no mesmo período.

Além do Cortejo Afro, que sai pelas ruas do Centro, o programa de webtv do Sindicato, Momento Bancário com a Presidenta, recebeu convidados para discutir o assunto.

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África! – A complexidade do continente africano é grande. E o interesse sobre a região também. Assim, 2015 foi mais um ano em que o Sindicato teve a honra de receber os seminários Conversas sobre África promovidos pelo Instituto Lula. Eventos sempre com lotação máxima (foto abaixo).

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Escolas ocupadas – Na luta por educação pública e de qualidade, os estudantes entraram para a história com a ocupação de centenas de escolas estaduais contra o fechamento de unidades. A medida anunciada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi respondida com uma lição de cidadania que começou no final do mês de novembro, após a divulgação do fim das atividades em 94 unidades escolares.

O Sindicato ofereceu apoio por meio de suas regionais, assim como a Central Única dos Trabalhadores, a CUT-SP. A guerra travada em defesa das escolas valeu a pena e a Justiça suspendeu o projeto de “reorganização” do governo estadual.

> Justiça suspende projeto de reorganização escolar

“Em 2016, nada de esmorecer. O ano vai demandar muita luta sindical em defesa dos direitos dos trabalhadores, da cidadania, da democracia. E o Sindicato, como sempre, estará lá”, reforça Rosani.


Redação – 28/12/2015

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