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Chapéu
BANCO ORIGINAL

Gestor do Original dissemina ambiente “psicologicamente insuportável”

Linha fina
Bancários voltam a reclamar de comportamento antiprofissional e desrespeitoso de team leader que já foi alvo de denúncia e protesto do Sindicato, mas continua a praticar assédio moral porque se vale da proteção de um diretor
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Arte: Marcio Baraldi

São Paulo – “Psicologicamente é insuportável.” Assim resume uma funcionária a atuação de um team leader do banco Original que já foi motivo de diversas denúncias e alvo de protestos do Sindicato. Mas o supervisor se vale da proteção de um diretor, o que estimula a impunidade contra essas práticas.

Segundo denúncias, o team leader dissemina um ambiente de trabalho desagregador no qual os desrespeitos, as humilhações e a falta de profissionalismo são a regra. “Ele fala mal dos funcionários para outros funcionários. Hoje ele fala mal de uma gerente para mim, amanhã eu sei que ele vai falar mal de mim para outra pessoa, não ajuda, acha que tudo acaba gerando um trabalho extra para ele.”

Além do comportamento antiprofissional, sua atuação envolve desrespeitos e humilhações. “Ele costuma dizer coisas como ‘eu já te expliquei isso. Parece que você tem problema mental’ ou ‘não aguento mais essa pessoa na equipe, é um peso morto’, grita por telefone, quando não tem testemunha por perto, porque acho que ele já foi bem orientado a não fazer isso”, diz a bancária.

E o assédio moral é resultado da cobrança por metas abusivas, praticamente uma regra no setor bancário. “A meta da equipe já estava entregue, mas ele queria mais seis contas de cada um. E ele ameaça: ‘se você não entregar a meta, não sei se vou te segurar aqui’.”

O resultado disso é uma epidemia entre seus subordinados. “Tem muita gente adoecida, bastante gente que já mudou de equipe ou que está afastada, tem muita gente tomando remédio. A equipe dele foi a que mais teve gente que entrou de licença”, conta a bancária.

“Apesar de termos cobrado o banco outras vezes e de inúmeras tentativas de conciliação, os problemas só têm se agravado ao longo do tempo. Os bancários não suportam mais o assédio moral e a exposição deste gestor. Já cobramos o RH do banco, que diz que conversou com ele e nos confirmou que as coisas iriam mudar. Mas acompanhamos e não houve nenhuma mudança”, afirma o dirigente sindical Amauri Silva.  
“Ao acobertar essas práticas que geram infelicidade, adoecimentos e são contraprodutivas, o Original comete uma crueldade com seus empregados, que são os responsáveis por gerar o resultado do banco”, acrescenta o dirigente. 

Os bancários podem fazer denúncias de assédio moral por meio do canal Assuma o Controle ou pelo WhatsApp (11) 97593-7749. O sigilo do denunciante é total.

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