Nos últimos dois meses, a atuação do Sindicato conquistou a reintegração de diversos bancários demitidos de forma irregular pelo Bradesco. Parte deles estava em estabilidade pré-aposentadoria e outras eram trabalhadoras gestantes.
> Estabilidade pré-aposentadoria? Saiba o que fazer
“É sempre uma satisfação, para nós do Sindicato, quando temos sucesso em reverter demissões. Estes casos mostram a importância de realizar a homologação no Sindicato. Após a reforma trabalhista, que desobrigou todas as empresas de realizarem as homologações nos sindicatos, o Bradesco foi o único dos grandes bancos que manteve esse processo no Sindicato. Assim, conseguimos verificar a regularidade de cada demissão e assegurar o correto pagamento dos direitos do trabalhador. Por isso, não abra mão dos seus direitos. Faça a homologação no Sindicato”, orienta a dirigente sindical e bancária do Bradesco Karen Souza.
A dirigente destaca ainda que o número de reintegrações poderia ter sido maior. “Poderíamos ter cancelado a demissão de muitos bancários em estabilidade pré-aposentadoria, mas grande parte optou por aceitar um acordo com o banco, no qual os meses de estabilidade foram pagos”, relata.
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Demissões
O Bradesco, assim como outros grandes bancos, não honrou o compromisso público de não demitir durante a pandemia de coronavírus, prejudicando pais e mães de família, que dificilmente conseguirão realocação no mercado neste momento; os clientes, que terão o atendimento precarizado; e também o país, que já enfrenta taxa elevadíssima de desemprego e terá a seguridade social ainda mais onerada com os cortes promovidos por um banco que no primeiro semestre foi considerado a empresa de capital aberto mais lucrativa da América Latina.
“O Sindicato está em luta permanente contra as demissões nos bancos durante a pandemia, incluído o Bradesco, com protestos, tuitaços e demais ações promovidas pela entidade. E, através da análise minuciosa que é feita na homologação, conseguimos identificar os casos sensíveis e reverter as demissões, além de assegurar a correta indenização dos trabalhadores que não foram reintegrados. Também estamos cobrando medidas que ofereçam maior proteção aos bancários neste momento de agravamento da pandemia. Esse é o nosso papel enquanto entidade representativa e contamos com a parceria dos bancários e bancárias nessa luta. Juntos somos mais fortes”, conclui Karen.
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