O Sindicato dos Bancários de São Paulo segue nas ruas e nos locais de trabalho com a campanha Itaú 100 Bancos Diferentes - série de atividades representadas por uma panela de pressão gigante que simboliza os quatro principais problemas enfrentados pelos bancários atualmente: assédio moral, metas abusivas, adoecimento e demissões.
Na segunda-feira 17, uma unidade em Lauzane Paulista, zona norte da capital, foi palco de protesto por causa da insegurança – a agência foi transformada em uma unidade de negócios e, com isto, deixou de ter vigilantes e porta giratória.
A justificativa do banco é que, por se tratar de agência de negócios, não há mais movimentação de numerário. O Sindicato, contudo, argumenta que a unidade ainda mantém caixas eletrônicos, que podem ser alvo de ações criminosas. Além disso, os bancários e clientes estão sujeitos a roubos e a outros tipos de violência.
“Há um clima de insegurança que motivou o protesto. Reivindicamos que sejam reimplantadas medidas de proteção no local. Não é função do bancário impedir golpes no hall do autoatendimento e ficarem à merce de clientes que podem agredi-los e até de pessoas em situação de vulnerabilidade que dormem dentro das dependências da agência”, relata Adriana Magalhães, dirigente sindical e bancária do Itaú.
Durante a atividade, o Sindicato também aproveitou para exigir o fim do assédio moral que acomete os empregados do Itaú. “O banco tem exigido muita produtividade, e o Sindicato percebeu que os bancários têm vivido em ambientes tóxicos, onde humanidade e respeito são secundários. A gestão de pessoas virou gestão de planilhas e resultados”, denuncia Adriana.
Panela de Pressão chega à região central
O assédio moral foi, inclusive, o motivo principal da “Panela de Pressão!” em uma agência na região central da capital, nesta terça-feira 18. As atividades já haviam percorrido todas as regiões de São Paulo. Faltava o centro.
As agências da regional 5402 perderam grande volume de clientes – especialmente empresas –, em um movimento que começou na pandemia e persistiu durante a crise social e de segurança pela qual a região vem passando.
“Com isto, os clientes migraram ou de banco ou para plataformas digitais, o que fez com que apenas 20 % das agências alcançassem os resultados, segundo informado no Canal de Denúncias do Sindicato. Há uma preocupação com o futuro e associado a essa realidade estamos recebendo denúncias de assédio moral e de humilhações decorrentes das cobranças abusivas por metas. Uma reflexo do desespero da regional para a entrega de resultados cobrados pela direção do Itaú”, afirma Adriana.
Garantia dos empregos!
O sindicato reivindica a manutenção dos empregos nas agências do centro.
“Mais especificamente sobre a cobrança de metas que leva ao assédio moral, o Sindicato reivindica um clima de respeito, além da consideração sobre os problemas econômicos da região central que interferiram nos resultado das agências. Lembrando que o assédio moral é crime desde 2021, e a nossa Convenção Coletiva de Trabalho impede a exposição através de ranking, e também comparações salariais de forma pública”, afirma Adriana.
Coação para custear festa de confraternização
Além disso, naquela regional também já houve denúncia em matéria divulgada pelo Sindicato sobre a coação para custear festa de confraternização, e após a apuração do RH foi nos informado que a regional recebeu recurso para pagamento dos estagiários. Os que custearam tiveram de pagar pelos estagiários e aprendizes.
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