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Chapéu
Decisão acertada

ACT do Saúde Caixa impede repasse de provável déficit aos empregados

Imagem Destaque
Arte mostra uma mão clicando em um botão onde se lê "ACT Saúde Caixa"

Os números do Saúde Caixa, projetados até novembro deste ano, indicam um provável déficit de cerca de R$ 560 milhões em 2026. A boa notícia é que, com a conquista do acordo que garantiu reajuste zero do plano para os empregados, a Caixa não poderá repassar o déficit aos empregados.

A análise dos dados do plano foi feita no último dia 8 de dezembro pelo Grupo de Trabalho do Saúde Caixa, composto por representantes dos empregados e do banco. Para chegar a essa conclusão, o GT analisou as receitas e despesas consolidadas dos primeiros três trimestres e projetou o do último trimestre de 2025. Até novembro, as despesas totais já somavam R$ 4,005 bilhões contra R$ 3,445 bilhões em receitas.

“Esses dados reforçam ainda mais a importância do acordo conquistado por nós, empregadas e empregados da Caixa, este ano. Isso mostra o quanto valeu a pena a nossa mobilização e o quanto foi acertada a decisão dos empregados em aprovar o acordo", destaca Luiza Hansen, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e representante da Fetec-CUT/SP na Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

Relembre

O acordo garantiu:

  • Reajuste zero para titulares e dependentes;
  • Manutenção dos limites de coparticipação e do teto anual;
  • Mecanismos de governança e transparência que ampliam o acompanhamento do plano.

Despesas em crescimento

As demonstrações apresentadas pela Caixa mostram crescimento significativo em diversos tipos de atendimento:

  • Internações: salto de R$ 1,407 bilhão (2024) para R$ 1,627 bilhão (2025);
  • Medicamentos quimioterápicos: aumento de R$ 156,9 milhões para R$ 200,2 milhões;
  • Consultas e pronto-socorro: também registraram elevação expressiva.

No acumulado do ano, a despesa assistencial superou o projetado em vários meses, enquanto a arrecadação com mensalidades se manteve estável, com exceção de novembro, em decorrência da contribuição sobre o décimo terceiro salário.

Luta contra o teto de 6,5%

Para a representação dos trabalhadores, os dados reforçam a necessidade de fortalecer a luta pela aplicação do modelo de custeio 70/30 (70% dos custos pagos pelo banco e 30% pelos empregados) sem o atual condicionante do teto estatutário de 6,5% da folha, de modo a facilitar a ampliação da participação da Caixa no financiamento do plano.

“É fundamental que a Caixa invista na saúde dos trabalhadores, que constroem diariamente os resultados do banco e realizam suas funções sociais. Por isso vamos manter e reforçar a luta pelo fim do teto de gastos da Caixa com o plano, determinado no Estatuto Social do banco em 6,5% da folha salarial”, ressalta a dirigente.

O acordo do Saúde Caixa passa a vigorar a partir de janeiro de 2026. Ainda não há a confirmação da data para sua assinatura.

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