São Paulo – O acordo para a implantação da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) do Itaú Unibanco teve aprovação unânime em assembleia realizada na quinta 23. Participaram cerca de 30 trabalhadores que confirmaram condições para a instalação da CCV, uma maneira que o bancário tem de conseguir reparação sobre alguma pendência trabalhista, antes de recorrer à Justiça.
A CCV reúne bancário, Sindicato e banco na mesa de negociação. O processo anda mais rápido que nos tribunais e está previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no artigo 625.
Maior abrangência – A ampliação da disposição da instituição financeira em abrir diálogo com mais funcionários é a maior conquista na negociação sobre o acordo.
Segundo o diretor executivo do Sindicato Carlos Damarindo, o banco não reconhecia gerentes Uniclass de relacionamento e supervisores operacionais. “Percebemos que o Itaú se negava a negociar extrajudicialmente com esses cargos.”
Como não conseguia acordo extrajudicial, o trabalhador inconformado entrava na Justiça e muitas vezes ganhava a ação. “Talvez o banco tenha se dado conta de que é melhor negociar”, comenta o dirigente.
Ainda segundo o diretor do Sindicato, o Itaú queria que o acordo fosse renovado por dois anos. Entretanto, os trabalhadores garantiram a validade por mais um ano, pois ainda haveria muitas questões a serem discutidas, por exemplo, o período considerado nos acordos.
“Temos muitos pontos a avançar, por exemplo, o Itaú não considera todo o período durante o qual o bancário efetivamente trabalhou para a instituição, independentemente de mudanças contratuais eventuais”, aponta Carlos.
“A gente reivindica que o banco reconheça todo o período ao qual o trabalhador tem direito”, afirma.
Mariana de Castro Alves – 27/1/2014
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Comissão de Conciliação Voluntária atingirá mais cargos, mas ainda precisa de ajustes como o período considerado
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