São Paulo - O secretário de Administração da Prefeitura de Itaetê (BA), ex-dirigente nacional do MST, da Esquerda Popular Socialista (tendência interna do PT) e líder da luta pela reforma agrária e proteção do meio ambiente na região da Chapada Diamantina, Márcio Matos, foi executado na noite da quarta-feira 24. Ele foi baleado com vários tiros diante de seu filho pequeno, em sua casa em assentamento no município Iramaia, poucas horas depois da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As motivações ainda são desconhecidas.
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O deputado Valmir Assunção (PT-BA) divulgou nota em sua página no Facebook em que diz que Matos fora um militante exemplar e um grande amigo. “Com bastante consternação, recebi a notícia do assassinato de Márcio Matos, o nosso Marcinho, em Iramaia. Devo confessar que as palavras são difíceis neste momento.”
Segundo Assunção, Matos acreditava com fervor na capacidade de organização e mobilização do povo baiano. "Muitas das conquistas que tivemos nos últimos anos tiveram Marcinho como um dos idealizadores", afirmou.
O PT divulgou nota de pesar na qual afirma que "as motivações desta violenta ação contra o companheiro Márcio ainda são desconhecidas, mas o PT espera que haja uma rápida apuração deste crime e que os responsáveis sejam punidos".