São Paulo – O movimento sindical se reunirá com o Itaú na quinta-feira 27 para cobrar explicações sobre a falta de segurança do novo modelo de “agências de negócios” do banco, que não conta com vigilantes nem equipamentos de segurança.
No dia 31 de janeiro, o Sindicato promoveu protestos na agência 8087, localizada no bairro da Luz. A unidade faz parte do novo conceito adotado pelo banco e por isso está em desacordo com a lei federal 7.102/83, que veda o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro que guarde valores ou movimente numerário, e não possua sistema de segurança regulamentado pelo Ministério da Justiça.
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O problema já foi denunciado por meio de ofícios enviados pelo Sindicato ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal requerendo “providências para fiscalizar essas agências e fazer com que o banco adote procedimentos de segurança para proteger a vida das pessoas”. Até a publicação desta matéria, no entanto, não houve fiscalização.
“O conceito que o Itaú adotou visa apenas a proteção do patrimônio e do numerário em detrimento da vida dos seus clientes e trabalhadores”, afirma o secretário jurídico do Sindicato, Carlos Damarindo.
Uma dessas novas unidades do Itaú foi palco de um roubo no dia 29 de janeiro, em Londrina (PR). Além de aterrorizar os bancários, os assaltantes levaram seus pertences pessoais.
Insatisfação – A entidade recebeu uma série de cartas de clientes do Itaú demonstrando insatisfação por causa do novo modelo implantado na agência 8087.
“Venho por meio desta reclamar sobre a situação da agência 8087, que não tem segurança. Esse tipo de coisa não pode acontecer com uma instituição sólida como é o Itaú. Tem que se pensar no coletivo, nas pessoas, clientes e funcionários, para que todos fiquem satisfeitos e seguros”, escreveu uma cliente.
“E se essa agência ficasse em uma região nobre, ou se nela trabalhassem executivos da diretoria do banco? Será que nesses casos também não haveria segurança na unidade?”, questiona o dirigente sindical Carlos Damarindo.
Rodolfo Wrolli – 26/2/2014
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Novo conceito de unidade bancária dispensa vigilância armada, o que está em desacordo com lei federal
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