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Chapéu
Conade

Bolsonaro não respeita pessoas com deficiência

Linha fina
Em 45 dias de governo, gestão Bolsonaro ainda não convocou primeira reunião do conselho que discute pautas relacionadas às pessoas com deficiência
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Foto: Agência Brasil

O debate sobre os direitos e garantias de pessoas com deficiência (PCDs) não parece ser prioridade na gestão do presidente Jair Bolsonaro. Isso porque, na metade do segundo mês de governo, ainda não foi convocada a primeira reunião do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Conade), órgão autônomo que possui composição paritária entre sociedade civil e governo, garantindo a legitimidade das ações deliberadas nesta instância voltadas ao segmento, bem como a plena democracia.

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“A reunião deveria ter ocorrido esta semana e daria posse aos novos indicados para compor o Conselho. No entanto, a secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Priscila Gaspar de Oliveira, por ordem da Ministra da Mulher, Direitos Humanos e da Família, Damares Alves, nos informou que as reuniões estão suspensas e não há previsão de quando serão retomadas”, informa José Roberto Santana da Silva, diretor da Associação dos Funcionários do Grupo Santander Banespa, Banesprev e Cabesp (Afubesp).

“Essa ação demonstra a total falta de compromisso com as questões das pessoas com deficiência, visto que a pauta a ser debatida em favor do segmento é extensa e não pode ser deixada de lado”, completa José, que está terminando seu mandato no Conade, sendo substituído pelo também dirigente da Afubesp, Isaías Dias.

São exemplos de temas a serem discutidos pelo órgão: aspectos da reforma da previdência, que ataca diretamente as pessoas com deficiência beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) e, sobretudo, os trabalhadores com deficiência; os ataques aos direitos das pessoas com deficiência mental, no que se refere aos retrocessos na Política de Saúde Mental, com o risco de volta dos manicômios; à regulamentação da Lei Brasileira de Inclusão (LBI).

A dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Maria Cleide Queiroz, alerta que não serão aceitos retrocessos nas políticas de direitos humanos e que a entidade exige resposta para todas estas atrocidades e retirada de direitos. "Continuaremos atentos contra todos os desmontes propostos, especialmente os que atacam minorias sociais vulnerárveis, como as PCDs, por exemplo", reforça.

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