São Paulo – Bancários do Itaú, mais precisamente no ITM, na Vila Matilde, e no CAT, no Tatuapé, até querem ir trabalhar pontualmente, mas o banco está se esforçando para que isso não aconteça. O transporte oferecido pelo Itaú das estações de Metrô até os locais de trabalho não atende a demanda dos funcionários, que chegam sistematicamente atrasados e são punidos por isso.
As reivindicações são antigas em ambas as concentrações. No CAT, os ônibus cedidos pelo Itaú para levar os bancários do Metrô Tatuapé até o local são poucos para atender o número de trabalhadores.
“Todos os dias tem gente chegando atrasado porque as filas estão enormes e a gente demora muito até chegar no CAT, mas os gestores não querem saber o motivo”, desabafa um bancário que usa o transporte diariamente.
O dirigente sindical e funcionário do Itaú, Serginho Lopes, conta que o Sindicato já questionou o banco inúmeras vezes sobre o problema, mas nada foi feito. “Reivindicamos pelo menos mais um ônibus neste trajeto, nos horários de pico”, explica.
No ITM, o problema não é diferente. Cerca de 1,5 mil trabalhadores do CA Raposo passaram a trabalhar no local, mas o número de vans usadas para o transporte até as estações do Metrô não aumentaram.
“O Itaú chegou a implementar quatro horários adicionais, mas que não atendem a demanda porque são fora do horário de pico”, conta o dirigente sindical Antônio Soares, o Tonhão.
Segundo ele, a fila para as vans é confusa e longa, e os trabalhadores acabam sendo penalizados por chegar fora do horário, inclusive sendo ameaçados de demissão por justa causa.
O Sindicato notificou o Itaú sobre o problema, e deixou claro que se, caso não seja tomada nenhuma atitude para melhorar o transporte dos trabalhadores, os centros administrativos cruzarão os braços.