São Paulo - Em um tempo onde nossa sociedade cobra mais respeito à diversidade e mais inclusão social, o Itaú caminha na direção contrária. Nos últimos meses, o banco tem demitido trabalhadores com deficiência de graus maiores e contratando, para o lugar deles, pessoas com graus menores. Além disso, os gestores estão discriminando os PCDs que permanecem, impedindo que eles progridam na carreira.
“O banco está buscando pessoas com deficiências como baixa visão, sem necessidade de grandes adaptações, com problemas na coluna, com déficit de força, por exemplo. Quase não temos mais trabalhadores com deficiências cognitivas, e até mesmo PCDs com deficiência física estão sendo demitidas”, alerta o dirigente sindical e bancário do Itaú Júlio Cesar.
Para o dirigente, o Itaú também vem fazendo um processo de discriminação seletiva. “Os gestores olham com diferença para estas pessoas, e elas não são promovidas, ainda que tenham méritos para serem”, complementa.
Pra piorar, o Itaú não cumpre a cota legal (estabelecida pela lei 8213/91) de pessoas com deficiência contratadas. Além disso, inclui funcionários que o banco deixou lesionados, como trabalhadores que adquiriram LER/Dort, como inclusas na cota.
“Cobramos o banco há muito tempo sobre este tema, e eles insistem em não responder. O Sindicato tomará as medidas judiciais cabíveis e protestará contra estas medidas discriminatórias contras as pessoas com deficiência”, finaliza Júlio.