Pular para o conteúdo principal
Chapéu
#8M

Em todo mundo, mulheres se levantam contra o machismo e por direitos no 8 de março

Linha fina
Greve feminista da Espanha, jornal vendido mais caro para leitores homens na França e protestos que desafiaram estado de emergência na Turquia foram alguns dos destaques do Dia Internacional de Luta das Mulheres
Imagem Destaque
Foto: Fotomovimiento

São Paulo – Milhões de mulheres em todo o mundo ocuparam as ruas no 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, em greves, atos e protestos. Veja galeria de fotos do #8M pelo mundo, publicada pelo jornal El PaísCLICANDO AQUI

Em todo o Brasil, também foram realizados dviersos atos no #8M. Assista no vídeo abaixo como foi a marcha das mulheres na Av. Paulista.

> Brasil: Nas ruas por igualdade, democracia e contra as reformas
> São Paulo: Avenida cheia de garra para lutar por direitos
> Brasil: Milhares de mulheres saem às ruas em todo país contra violência e pela democracia

Greve – Na Espanha, mais de cinco milhões de mulheres aderiram à primeira greve feminista do país. As principais concentrações ocorreram em Madrid, Barcelona, Bilbao, Sevilla e Valência. Marcaram os atos lemas como Se nós paramos, o mundo para e Vivas, livres, unidas pela igualdade

Com mensagens de protesto contra a diferença salarial entre homens e mulheres e a violência machista, a greve teve apoio de partidos da esquerda espanhola.

Turquia – O abuso sexual e a violência contra a mulher foram os principais temas abordados por uma grande manifestação em Istambul, maior cidade da Turquia, que desafiou a proibição do governo em meio ao estado de emergência em vigor no país.

França – Para denunciar a disparidade salarial entre homens e mulheres, o jornal francês Libération foi vendido no 8 de março por cinquenta centavos de euro mais caro para leitores homens.

Na sua capa, o jornal de esquerda afirma que "apesar da lei, a diferença salarial entre homens e mulheres continua sendo de 25% na França" e por isso "o jornal decidiu aplicar, por um dia, a mesma diferença em seu preço, que será 50 centavos mais caro para homens".

O dinheiro arrecadado será destinado ao Laboratório da Igualdade, que luta pelo fim das diferenças entre gêneros.

Índia – Convocadas pelo movimento Rape Roko, iniciativa lançada pela Comissão para a Mulher de Délhi, cerca de 2 mil manifestantes formaram uma rede humana ao redor da região central de Connaught Agrada, em Nova Délhi. Mulheres de diferentes idades e condições sociais gritaram palavras de ordem contra a desigualdade e os ataques sexuais. Cartazes exibiam mensagens como "O meu corpo não é um espaço público" e "Não me digas como me vestir, aprenda a não abusar".

> Sócias do Sindicato pagam menos para aprender defesa pessoal
> Sindicalize-se e fortaleça a luta em defesa dos direitos dos bancários

Segundo números da Agência Nacional de Registro de Crimes da Índia, em 2016 ocorreram no país 38.947 estupros (2.167 deles em grupo), dos quais só em Nova Délhi foram denunciados 4.935 (1.996 coletivos).

Paquistão – Centenas de mulheres protestaram em diversas cidades paquistanesas para reivindicar direitos e pedir "independência" dos homens. "O que quer uma mulher? Independência", gritavam 200 mulheres em Islamabad, de adolescentes a idosas, junto a outros slogans como "liberdade" e "os assassinatos por honra são inaceitáveis", em referência aos homicídios cometidos por parentes por uma suposta afronta moral, que tiram a vida de aproximadamente 500 mulheres por ano no país.

Recente relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelou que o Paquistão está entre os países que oferecem menos oportunidades de trabalho e de participação econômica às mulheres, junto com Arábia Saudita, Iêmen, Irã e Síria.

Coréia do Sul – Sul-coreanas realizaram passeata pelo centro de Seul aos gritos de "Me Too" (Eu também, em inglês), em referência à campanha que começou em Hollywood e vive o auge no país, onde o número de vítimas que denunciaram abusos sexuais disparou desde janeiro.

Números do Ministério de Igualdade de Gênero e Família da Coreia do Sul mostram que 80% das cidadãs do país já sofreram assédio sexual no trabalho, mas que apenas 10% denunciam por medo de represálias ou pela sensação de que nada mudaria.

Argentina – Em Buenos Aires, milhares de manifestantes marcharam da Plaza de Mayo, onde está a sede da presidência, em direção ao Congresso da Argentina reivindicando a legalização do aborto, educação sexual e o fim da violência contra mulheres.

seja socio