Os empregados da Caixa fizeram da sexta 15 o Dia Nacional de Luta em defesa do banco público e pelo reconhecimento aos trabalhadores. A mobilização foi uma resposta aos recentes posicionamentos da nova diretoria, que deu início ao desmonte com venda de ativos e promete privatizar as áreas mais rentáveis ainda este ano. Em protesto, empregados vestiram preto.
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“Convocamos o Dia Nacional de Luta para mostrar nossa indignação com tamanho desrespeito aos trabalhadores e nossa contrariedade às medidas privatistas que estão sendo implantadas”, explica o diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa), Dionísio Reis.
Em São Paulo, as atividades aconteceram nas agências do eixo da Avenida Paulista, com atraso de abertura, cartazes, conversas com os empregados e panfletagem. No Largo da Concórdia (Brás) e prédio da São Joaquim houve diálogo com trabalhadores e distribuição de cartilhas à população e empregados.
Para tentar conter o enfraquecimento do maior banco público da América Latina e principal agente do desenvolvimento social, os empregados levantaram as bandeiras: em defesa da Caixa 100% pública; contra a venda das áreas mais lucrativas do banco; na defesa do seu papel social; contra manobras que reduzam o lucro; mais reconhecimento ao trabalho; e fim do assédio moral.
Os empregados contestaram a necessidade de uma provisão bilionária para cobrir perdas esperadas com calotes na carteira imobiliária e desvalorização de imóveis retomados, medida que pode reduzir a PLR. A Caixa, porém, é o banco com menor inadimplência nesta carteira.
“Foram esses empregados que deram duro e superaram as metas. A nova direção não quer reconhecer o esforço dos trabalhadores”, enfatiza Dionísio. Os empregados solicitaram reunião com a diretoria para esclarecimento das mudanças, mas o banco se recusou a passar informações às entidades de representação.