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Chapéu
São Paulo

Descaso da gestão Bruno Covas fecha teatros dos CEUs

Linha fina
Prefeito não renovou contratação dos técnicos que atuam nas unidades, retirando uma das raras opções culturais nos bairros periféricos da capital paulista
Imagem Destaque
reprodução TVT

Os Centros Educacionais Unificados (CEU) de São Paulo estão sofrendo com o descaso do governo do prefeito Bruno Covas (PSDB). Os teatros dessas unidades estão abandonados e sem equipe técnica para realizar as atividades de apoio a espetáculos e ensaios. Os teatros dos CEUs são uma das poucas opções de lazer para os moradores da periferia da capital paulista. Mas o governo Covas deixou vencer e não renovou os contratos das equipes técnicas que trabalham nos locais, segundo mostra reportagem da TVT replicada pela Rede Brasil Atual.

O abandono dos CEUs é recorrente no atual governo. Agora, todos os 46 CEUs da cidade estão sem técnicos de som e equipes de montagem e manutenção dos equipamentos. Maciel Silva Nascimento, secretário de Trabalhadores da Educação do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep), teme que ação busque fechar os teatros dos CEUs.

“A gente lamenta muito que um equipamento público tão necessário, que geralmente está em locais periféricos para dar acesso à educação, a cultura e ao lazer da população, comece a se fechar esses espaços. Temos dúvidas se é um mero problema de licitação ou se é intenção do poder público fazer com que esses equipamentos deixem de funcionar. É no único instrumento possível de cultura e lazer em uma região distante de onde estão os grandes teatros da cidade. A partir do momento que eu não tenho acesso, eu levo esse espectador de teatro para a frente da televisão”, afirmou.

Os cem profissionais dispensados eram terceirizados. E os contratos venceram e não foram renovados. O governo Covas também não se antecipou para realizar uma licitação ou chamada pública antes e garantir a continuidade das atividades nos teatros dos CEUs. Segundo o presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos de São Paulo, Dorberto Carvalho, há informações de que pessoas não qualificadas estariam operando os equipamentos.

“Os técnicos são uma espécie de curadores de cuidadores desses equipamentos. Quando eles estão em suas funções eles cuidam do equipamento, fazem manutenção, soldam os cabos, fazem os equipamentos funcionarem nas melhores condições possíveis”, afirmou. Segundo os técnicos, a demanda pelos teatros é enorme e eles eram utilizados diariamente, não apenas para cultura, mas para reuniões e outras atividades internas da prefeitura.

O vereador Celso Giannazi (Psol) cobrou a Secretaria da Educação e acionou o Ministério Público. “O que nós estamos vivendo aqui em São Paulo é um grande ataque a educação, uma balbúrdia. É urgente que o secretário da Educação e o prefeito tomem alguma atitude em relação a isso e coloque logo essa licitação no mercado e a sociedade possa ter acesso a esse equipamento importante de cultura, educação e esporte”, disse.

Confira a reportagem completa

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