O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região está cobrando do Itaú que intervenha junto à empresa terceirizada de segurança para normalizar a situação dos vigilantes das agências. Estes trabalhadores estão sendo submetidos a uma jornada de trabalho com intervalo de apenas 30 minutos para almoço, sob amparo da reforma trabalhista, o que vem causando transtornos nas unidades.
Como consequência desta mudança, os profissionais que atuam na segurança não estão conseguindo se alimentar adequadamente. Em muitos casos, não há restaurantes próximos à agência, ou não há estrutura apropriada para fazer uma refeição. Com isso, não raro os trabalhadores têm que comer apressadamente, levando cerca de 10 a 15 minutos, para dar tempo de fazer o trajeto de ida e volta ao restaurante mais próximo.
“Antes existia a figura do almocista, aquele segurança que cobria o almoço de certos trabalhadores em uma determinada região. Por exemplo, se revezava em cinco ou seis agências para que os funcionários delas pudessem almoçar tranquilos e voltar à rotina. O problema é que nem isso temos mais, pois a terceirizada, para diminuir a despesa, dispensou os almocistas também”, conta o dirigente sindical Julio Santos.
Julio conta que a dispensa dos almocistas, somada à alteração do horário de almoço, vem causando estresse e sobrecarga para os demais.
“Outro problema derivado desta situação é que, em algumas agencias, os trabalhadores muitas vezes estão deixando o posto e indo almoçar. Então a agência fica descoberta naquele momento, deixando vulneráveis bancários e clientes que estão no local”, completa.
O Sindicato cobra que o Itaú interaja com as empresas terceirizadas e que tenha o retorno dos almocistas, para que cubram esses trabalhadores de modo que as pessoas possam fazer sua alimentação tranquilamente, garantindo que todo quadro da agência tenha segurança e tranquilidade durante o trabalho.