Nesta quarta-feira, 8 de Março, Dia Internacional das Mulheres, bancárias e bancários somarão forças com outras categorias e movimentos sociais em um grande ato que será realizado a partir das 17h, na Avenida Paulista, com concentração em frente ao Masp.
Neste ano, a CUT e sindicatos definiram como o tema do ato “Mulheres na luta por democracia e direitos”, e elencou 11 bandeiras de luta das mulheres neste 8 de Março:
- Chega de violência
- Salários iguais
- Contra o assédio no mundo do trabalho, e pela ratificação da Convenção 190 da OIT: o Sindicato luta pela Convenção 190 junto com a UNI Global Union (sindicato global) e outros sindicatos internacionais.
- Empregos decentes
- Políticas públicas
- Não ao machismo
- Respeito à diversidade
- Fim da fome
- Fora preconceito
- Basta de racismo
- Sem anistia para golpistas
"O 8 de Março é um dia de luta. A data vem para lembrar que nós mulheres, apesar dos nossos avanços, ainda temos muito a conquistar e a transformar nesse mundo que continua sendo fundamentalmente machista e desigual. Por isso, vamos às ruas levando nossas bandeiras históricas: pela igualdade salarial; contra a violência de gênero; contra a homofobia; contra o capacitismo; pela distribuição de renda; pelo trabalho decente; e pelo desenvolvimento econômico e social com distribuição de renda e combate à desigualdade, porque sabemos que as mulheres, e principalmente as mulheres negras, são as principais vítimas das crises do capitalismo", diz a presidenta do Sindicato, Ivone Silva, conclamando toda a categoria a ocupar a Avenida Paulista neste Dia Internacional das Mulheres.
Bancárias ainda ganham menos que os homens
Uma das grandes lutas da categoria bancária é combater a desigualdade de gênero no local de trabalho, que ainda persiste.
Dados da Rais mostram que a remuneração média das bancárias é 22,2% inferior a dos homens; e das mulheres pretas é 40,6% inferior a dos bancários. Mostram ainda que os bancos estão contratando menos mulheres do que homens.
“Temos lutado para promover a ascensão das mulheres em cargos de diretoria e presidência. Nossas negociações na mesa de Igualdade de Oportunidades já trouxeram avanços, como a da cláusula na CCT conquistada na Campanha passada que garante acolhimento às mulheres vítimas de violência; fomos pioneiros nesse direito. Mas sabemos que por mais que a gente avance, a violência contra as mulheres tem aumentado muito, principalmente por conta do avanço da extrema direita. Portanto, essa é uma luta que temos que travar incansavelmente”, conclui Ivone.