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Chapéu
Após derrota...

Governo força nova votação de urgência da reforma trabalhista

Linha fina
Presidente da Câmara dos Deputados deve colocar matéria outra vez em votação na sessão plenária desta quarta-feira
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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

São Paulo – Depois da derrota de terça 18, o governo pressionou por nova votação do regime de urgência para o substitutivo ao Projeto de Lei (PL) 6.787, de "reforma" da legislação trabalhista. Novo requerimento já foi apresentado, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), colocará o tema outra vez em votação na sessão de quarta 19.

Desta vez, a urgência deve ser aprovada, avalia o analista político Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho, diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). "O governo precisa dessa votação para viabilizar a reforma da Previdência."

Para ele, Maia "comeu mosca" ao encerrar a votação quando havia deputados que poderiam ter chegado à sessão. O próprio presidente da Câmara reconheceu isso no dia seguinte, em conversa com jornalistas. "Eu errei de acabar mais cedo a votação e nós erramos por não termos conversado com mais cuidado com os deputados da base." 

Mas, segundo o deputado, não houve "traição" da base governista. "As pessoas não são obrigadas a votar a favor do governo", disse. O requerimento de urgência teve 230 votos favoráveis, quando são necessários 257, e 163 contrários. O revés de ontem não muda a situação, diz Maia: "A reforma trabalhista será aprovada com uma margem segura de votos".

Na sessão desta quarta, Maia esperará "até o último instante" para encerrar a votação, diz o diretor do Diap. "Nunca vi um momento tão difícil como este, uma ofensiva tão grande."

A oposição tenta convencer o PSB a fechar questão contra a urgência. Ontem, apesar de a líder na Câmara, Tereza Cristina (MS), ter assinado o requerimento, a bancada foi liberada para a votação. O requerimento de hoje não tem assinatura da deputada.

Reaja - A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, lembra que é preciso manter a pressão sobre os parlamentares para que eles votem contra as reformas da Previdência e trabalhista. Ela convoca os bancários e demais categorias a enviar e-mails aos deputados dizendo que se votarem a favor não serão reeleitos. Também chama todos a participar da greve geral contra as reforma de Temer, marcada para 28 de abril.

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