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Coronavírus

Home office vira moeda de troca para entrega de metas no Santander

Linha fina
Gestor do Quarteirão de Investimentos transformou o trabalho em home office em prêmio para quem bater metas
Imagem Destaque
Arte: Freepik

O que deveria ser uma precaução pensando na saúde dos trabalhadores por conta da pandemia de coronavírus tem sido usado como moeda de troca no Santander. Isso porque gestor do Quarteirão de Investimentos condiciona a permanência dos bancários em home office à cobrança abusiva de metas: quem não cumpri-las, terá de voltar ao trabalho presencial.

Enquanto as cobranças acontecem até mesmo de forma pública, em grupos de Whatsapp, exponto rankings de equipes para todos, ainda há o constrangimento individual feito por vídeo.

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"Querem que quem está trabalhando em home office entregue 150% da meta, sofrendo ameaças diariamente de que, se não cumprirem a meta, eles voltarão ao trabalho no prédio, mesmo em meio à pandemia de coronavírus", conta o dirigente sindical e funcionário do Santander, André Camarozano.

Além disso, os bancários relatam que os sistemas internos do banco estão lentos e que a situação caótica do país dificulta a entrega das metas, já que neste momento as pessoas estão preocupadas com sua saúde, e não em comprar serviços financeiros.

"O home office é uma reivindicação do Sindicato, para garantir segurança aos trabalhadores e menos aglomeração de pessoas nos prédios e agências. Não tem sido possível colocar 100% dos trabalhadores em casa, mas temos avançado dia a dia, graças à pressão do Sindicato e ao avanço das negociações sindicais", destaca Camorozano.

Já houve notificação ao RH do banco, quanto ao assédio e à cobrança abusiva de alguns gestores que insistem em descumprir a recomendação do próprio banco. "Nossa reivindicação é de que as metas sejam suspensas e que haja apenas atendimento de serviços essenciais e isto não foi atendido até agora. Mas houve compromisso do Santander, em reunião com a Fenaban e os sindicatos, que haveria razoabilidade nas cobranças, e nem isso vem sendo cumprido", diz o dirigente.

Celulares pessoais 

Outra reclamação tem sido a exigência de ceder os contatos pessoais de celular para clientes. Embora o sistema de notebook bloqueie ao final da jornada, a demanda de clientes permanece ao final da mesma no Whatsapp, se estendendo até aos finais de semana, o que fere a legislação, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e, principalmente, a intimidade do trabalhador.

"Já cobramos do Santander que reveja esta exigência e mude seus métodos. Aos gestores que fazem essa cobrança abusiva, insistimos que o método não é eficaz: trabalhador constrangido,  ansioso e intimidado não produz mais, produz menos e pode levar ao seu adoecimento e afastamento das atividades. Ou seja, esses gestores terão que trabalhar com equipes reduzidas por conta do adoecimento, sobrecarregando os que ficam", alerta o dirigente sindical, lembrando que os trabalhadores afastados oneram a Previdência Social e prejudicam toda a sociedade, ou seja, os métodos de trabalho dos bancos tem gerado um custo social irreparável. 

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