Na manhã desta quinta-feira, 20 de abril, dirigentes do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região levaram até o Ceic (Centro Empresarial Itaú Conceição), do Itaú, o Super Portal do Inferno. A atividade lúdica, com demônios, foi realizada em protesto contra o assédio moral e a pressão absurda por metas nas agências digitais do Itaú, entre outros problemas.
"O assédio moral nas agências digitais, decorrente de uma pressão absurda por metas, é uma questão estrutural. Não é algo que ocorre em um ou outro local. É generalizado. As metas, especialmente as do Gera, estão cada vez mais agressivas. Esta situação está levando os bancários ao adoecimento. Um verdadeiro inferno para os trabalhadores", relata o dirigente do Sindicato e bancário do Itaú, Sérgio Francisco.
O Sindicato se reuniu diversas vezes com o Itaú, em negociações, levando ao conhecimento do banco os problemas graves verificados nas agências digitais, mas até o momento o Itaú não se posicionou sobre as denúncias, e tão pouco ocorreu qualquer melhora em relação a situação nestes locais de trabalho.
"No protesto de hoje, no Ceic, também denunciamos o elevado número de demissões no banco; o avanço da terceirização, que retira direitos, rebaixa a remuneração e ataca a organização dos trabalhadores, e o fechamento de agências. Um banco como o Itaú, que lucrou mais de R$ 30 bilhões em 2022, com alta de 14,5% em relação ao resultado de 2021, não tem qualquer razão para demitir, terceirizar e fechar agências. Pelo contrário, como concessão pública que é deveria contribuir para a geração de empregos e a retomada do desenvolvimento econômico e social do país"
Sergio Francisco, dirigente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região e bancário do Itaú
Outra questão abordada pelos dirigentes do Sindicato no protesto realizado no Ceic foi a retirada dos vigilantes das agências de negócios.
"Em ofício, o Sindicato já cobrou o retorno dos seguranças para as agências de negócios. Muitas destas agências ficam em locais ermos, com altos índices de criminalidade. Os bancários, além de lidar com o assédio e a pressão absurda por metas, estão trabalhando com medo. O banco ainda não retornou", diz o dirigente do Sindicato.
O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região cobra do Itaú um posicionamento e a retomada das negociações sobre cada uma das questões apontadas. "Os bancários do Itaú merecem respeito e condições de trabalho adequadas", conclui Sérgio.