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São Paulo – O Itaú teve lucro líquido recorrente de R$ 5,808 bilhões no primeiro trimestre de 2015, crescimento de 28,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A rentabilidade (retorno sobre o patrimônio líquido) atingiu 24,5% em março.
Por outro lado, o maior banco privado do país manteve a política de cortes de postos de trabalho. Foram extintas 2.248 vagas entre março de 2014 e março de 2015. Só no primeiro trimestre do ano, o Itaú eliminou 419 empregos.
“Os dados demonstram a ganância do banco que, mesmo com lucros altíssimos e crescendo a cada ano, continua extinguindo empregos”, critica a secretária-geral do Sindicato e funcionária do Itaú, Ivone Maria da Silva. “E o que sobra para os que ficam é sobrecarga de trabalho e pressão constante para que alcancem metas de venda abusivas, o que afeta a qualidade de vida desses trabalhadores. Ou seja, o Itaú é uma instituição financeira que lucra muito, mas devolve à sociedade desemprego e adoecimentos”, acrescenta.
O banco fechou o mês de março com um total de 85.773 empregados no país, o que representa redução de 2,6% no quadro de pessoal em relação a março de 2014.
As demissões tornam-se ainda mais improcedentes quando se leva em conta que apenas com as receitas de tarifas e serviços o banco cobre 167,3% de seus gastos com pessoal: foram R$ 7,422 bilhões, crescimento de 14,4% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Enquanto isso, as despesas com pessoal chegaram a R$ 4,436 bilhões, variação de 17,1% na mesma comparação.
Selic – O Itaú deve parte de seu bom desempenho aos sucessivos aumentos da Selic ao longo de 2014, pois obteve variação recorde de 210,7% sobre o resultado de operações com títulos e valores mobiliários que, em boa parte, são remunerados pela Selic. Essas operações somaram R$ 20,573 bilhões no primeiro trimestre de 2015, enquanto que no mesmo período do ano anterior o resultado foi de R$ 6,622 bilhões.
Rede de atendimento – A rede de atendimento do Itaú passou a contar com 22 novas agências no período, entretanto, foram fechados 19 PAs e abertos 1.043 novos correspondentes.
Crédito – A carteira de crédito total alcançou o saldo de R$ 578,596 bilhões, aumento de 13,8% em relação a março de 2014. No segmento de pessoas físicas, destacaram-se crescimentos nas carteiras de crédito de menor risco: consignado (aumento de 81,0% em 12 meses) e imobiliário (evolução de 19,6%). A carteira de veículos teve redução de 29% em 12 meses.
O segmento de pessoas jurídicas cresceu 10,7% entre março de 2014 e março de 2015. A carteira de grandes empresas cresceu 14,5% no mesmo período, mas a de micros, pequenas e médias empresas cresceu apenas 1,9%, também em 12 meses.
A inadimplência acima de 90 dias foi de 3%, queda de 0,5 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Apesar dessa queda, o banco ampliou a provisão para devedores duvidosos (PDD) em 29,4% em 12 meses.
Andréa Ponte Souza – 5/5/2015
Por outro lado, o maior banco privado do país manteve a política de cortes de postos de trabalho. Foram extintas 2.248 vagas entre março de 2014 e março de 2015. Só no primeiro trimestre do ano, o Itaú eliminou 419 empregos.
“Os dados demonstram a ganância do banco que, mesmo com lucros altíssimos e crescendo a cada ano, continua extinguindo empregos”, critica a secretária-geral do Sindicato e funcionária do Itaú, Ivone Maria da Silva. “E o que sobra para os que ficam é sobrecarga de trabalho e pressão constante para que alcancem metas de venda abusivas, o que afeta a qualidade de vida desses trabalhadores. Ou seja, o Itaú é uma instituição financeira que lucra muito, mas devolve à sociedade desemprego e adoecimentos”, acrescenta.
O banco fechou o mês de março com um total de 85.773 empregados no país, o que representa redução de 2,6% no quadro de pessoal em relação a março de 2014.
As demissões tornam-se ainda mais improcedentes quando se leva em conta que apenas com as receitas de tarifas e serviços o banco cobre 167,3% de seus gastos com pessoal: foram R$ 7,422 bilhões, crescimento de 14,4% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Enquanto isso, as despesas com pessoal chegaram a R$ 4,436 bilhões, variação de 17,1% na mesma comparação.
Selic – O Itaú deve parte de seu bom desempenho aos sucessivos aumentos da Selic ao longo de 2014, pois obteve variação recorde de 210,7% sobre o resultado de operações com títulos e valores mobiliários que, em boa parte, são remunerados pela Selic. Essas operações somaram R$ 20,573 bilhões no primeiro trimestre de 2015, enquanto que no mesmo período do ano anterior o resultado foi de R$ 6,622 bilhões.
Rede de atendimento – A rede de atendimento do Itaú passou a contar com 22 novas agências no período, entretanto, foram fechados 19 PAs e abertos 1.043 novos correspondentes.
Crédito – A carteira de crédito total alcançou o saldo de R$ 578,596 bilhões, aumento de 13,8% em relação a março de 2014. No segmento de pessoas físicas, destacaram-se crescimentos nas carteiras de crédito de menor risco: consignado (aumento de 81,0% em 12 meses) e imobiliário (evolução de 19,6%). A carteira de veículos teve redução de 29% em 12 meses.
O segmento de pessoas jurídicas cresceu 10,7% entre março de 2014 e março de 2015. A carteira de grandes empresas cresceu 14,5% no mesmo período, mas a de micros, pequenas e médias empresas cresceu apenas 1,9%, também em 12 meses.
A inadimplência acima de 90 dias foi de 3%, queda de 0,5 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Apesar dessa queda, o banco ampliou a provisão para devedores duvidosos (PDD) em 29,4% em 12 meses.
Andréa Ponte Souza – 5/5/2015