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São Paulo – A 20ª edição Parada do Orgulho LGBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transsexuais) neste domingo 29 na capital paulista, foi aberta às 13h10 com uma multidão ouvindo as palavras da Drag Queen Tchaka, que fez a apresentação do evento no primeiro dos 17 trios que desfilam este ano.
Com o tema Lei de Identidade de Gênero Já! Todas as pessoas contra a transfobia, a parada desenvolveu a ideia de dar visibilidade ao segmento T, ou seja, travestis, mulheres e homens transexuais, com foco na luta pelos direitos civis e por menos preconceito da sociedade. Os trios saíram da Paulista no sentido Rua da Consolação. O show de encerramento está previsto para esta noite no Vale do Anhangabaú.
Durante a parada grupos contrários ao governo Michel Temer aproveitaram para fazer manifestações. Eles distribuíram panfletos e fizeram intervenções. Em diversos momentos entoaram o coro com palavras de ordem pedindo a saída do interino. Além da conjuntura política, o estupro coletivo de uma adolescente no Rio de Janeiro também motivou os protestos.
Daniela Marquezine, que é transexual e participa da parada há cinco anos, contou que este é seu primeiro ano desfilando no trio das transexuais. Para ela, o tema tem importância especial, devido ao número alto de transexuais que morrem por preconceito.
“Queremos lutar contra isso mostrando para a sociedade que somos seres humanos e temos nossos direitos e lugar na sociedade. Não queremos nada além do nosso espaço. Queremos mudar a imagem de que a transexual e a travesti são objetos sexuais, pois temos capacidade para muitas coisas”.
Para a recepcionista Atena Joy, o Brasil é atrasado para lidar com as questões do segmento transexuais, porque é o país onde há mais assassinatos dessas pessoas, e ela destaca a necessidade urgente da aprovação de uma lei de identidade de gênero.
“A sociedade é induzida a acreditar que nós vamos contaminar os filhos deles e que somos uma ameaça. Mas as pessoas já nascem assim. Precisamos da lei para pararmos de morrer nas esquinas. Queremos ter o direito à cidadania, que é o mínimo. O Brasil precisa mudar essa mentalidade machista e misógina”.
Angela Moisés foi uma das mães que ocupou o trio Mães pela Diversidade, o terceiro a desfilar. Com ela, outras mães desfilaram para chamar a atenção das famílias e da sociedade para a necessidade de aceitação da comunidade LGBT. Uma de suas filhas, homossexual, chegou a ser apedrejada na rua aos 16 anos.
“Nós entendemos que temos que botar a cara no sol e sair do armário com nossos filhos e filhas. Mostrar que não são filhos de chocadeira, que têm mãe, pai, irmãos. Queremos o fim da LGBT fobia, direitos iguais para nossos filhos, o fim de uma bancada fundamentalista que tenta dizer para o Brasil que família é só homem e mulher, porque família é amor”.
A advogada Dayse Cristina Eastwood tem uma filha homossexual que é bem recebida no seu meio e tem uma carreira consolidada como executiva de uma multinacional. Mesmo assim, ela decidiu apoiar a luta LGBT em nome dos filhos de outras mães, que ainda não conseguiram essa afirmação.
“Nossos filhos saem na rua e não sabemos se eles vão voltar. Minha filha tem a mulher dela, mas elas não andam de mãos dadas porque têm medo de agressão. A maior preocupação das mães hoje eu creio que seja essa”. Segundo ela, entre as letras LGBT, o segmento transexuais é o que tem maior dificuldade para estudar, conseguir emprego, e por isso existe a luta.
Flávia Albuquerque, da Agência Brasil - 30/5/2016
Com o tema Lei de Identidade de Gênero Já! Todas as pessoas contra a transfobia, a parada desenvolveu a ideia de dar visibilidade ao segmento T, ou seja, travestis, mulheres e homens transexuais, com foco na luta pelos direitos civis e por menos preconceito da sociedade. Os trios saíram da Paulista no sentido Rua da Consolação. O show de encerramento está previsto para esta noite no Vale do Anhangabaú.
Durante a parada grupos contrários ao governo Michel Temer aproveitaram para fazer manifestações. Eles distribuíram panfletos e fizeram intervenções. Em diversos momentos entoaram o coro com palavras de ordem pedindo a saída do interino. Além da conjuntura política, o estupro coletivo de uma adolescente no Rio de Janeiro também motivou os protestos.
Daniela Marquezine, que é transexual e participa da parada há cinco anos, contou que este é seu primeiro ano desfilando no trio das transexuais. Para ela, o tema tem importância especial, devido ao número alto de transexuais que morrem por preconceito.
“Queremos lutar contra isso mostrando para a sociedade que somos seres humanos e temos nossos direitos e lugar na sociedade. Não queremos nada além do nosso espaço. Queremos mudar a imagem de que a transexual e a travesti são objetos sexuais, pois temos capacidade para muitas coisas”.
Para a recepcionista Atena Joy, o Brasil é atrasado para lidar com as questões do segmento transexuais, porque é o país onde há mais assassinatos dessas pessoas, e ela destaca a necessidade urgente da aprovação de uma lei de identidade de gênero.
“A sociedade é induzida a acreditar que nós vamos contaminar os filhos deles e que somos uma ameaça. Mas as pessoas já nascem assim. Precisamos da lei para pararmos de morrer nas esquinas. Queremos ter o direito à cidadania, que é o mínimo. O Brasil precisa mudar essa mentalidade machista e misógina”.
Angela Moisés foi uma das mães que ocupou o trio Mães pela Diversidade, o terceiro a desfilar. Com ela, outras mães desfilaram para chamar a atenção das famílias e da sociedade para a necessidade de aceitação da comunidade LGBT. Uma de suas filhas, homossexual, chegou a ser apedrejada na rua aos 16 anos.
“Nós entendemos que temos que botar a cara no sol e sair do armário com nossos filhos e filhas. Mostrar que não são filhos de chocadeira, que têm mãe, pai, irmãos. Queremos o fim da LGBT fobia, direitos iguais para nossos filhos, o fim de uma bancada fundamentalista que tenta dizer para o Brasil que família é só homem e mulher, porque família é amor”.
A advogada Dayse Cristina Eastwood tem uma filha homossexual que é bem recebida no seu meio e tem uma carreira consolidada como executiva de uma multinacional. Mesmo assim, ela decidiu apoiar a luta LGBT em nome dos filhos de outras mães, que ainda não conseguiram essa afirmação.
“Nossos filhos saem na rua e não sabemos se eles vão voltar. Minha filha tem a mulher dela, mas elas não andam de mãos dadas porque têm medo de agressão. A maior preocupação das mães hoje eu creio que seja essa”. Segundo ela, entre as letras LGBT, o segmento transexuais é o que tem maior dificuldade para estudar, conseguir emprego, e por isso existe a luta.
Flávia Albuquerque, da Agência Brasil - 30/5/2016