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Chapéu
Fim da aposentadoria

Reforma da Previdência pode ser votada em Comissão esta semana

Linha fina
Governo Temer avalia se texto será apreciado na comissão especial na quarta 3 ou se adiam votação com o intuito de assegurar votos para aprovação em plenário; movimentos sociais e sindical estarão em Brasília pressionando contra a proposta, rejeitada por 71% dos brasileiros
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Arte: Márcio Baraldi

São Paulo – O projeto da reforma da Previdência (PEC 287) – que enterra o direito dos trabalhadores brasileiros à aposentadoria – pode ter sua votação iniciada em Comissão Especial na quarta-feira 4, se concluídas as discussões sobre o relatório de Arthur Maia (PPS-BA) ainda na terça-feira 3. A ideia do governo Temer é acelerar os trâmites para que a votação na Comissão seja concluída até o final da semana, evitando assim que o relator ceda às pressões por mudanças no seu parecer.

Entretanto, de acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, Temer admite a possibilidade de o projeto ser votado na Comissão somente na próxima semana ou até mesmo na seguinte. Sem número suficiente de votos para aprovação do texto em plenário, o adiamento pouparia o governo do desgaste de aprovar a reforma na Comissão e ter de aguardar indefinitivamente até que tenha a segurança para aprovação em plenário.

Brasileiros dizem não ao fim da aposentadoria – De acordo com pesquisa Datafolha divulgada na segunda 1º, sete em cada dez brasileiros desaprovam a reforma da Previdência. A rejeição é maior entre jovens de 25 a 34 anos (76%), pessoas com curso superior (76%), quem recebe entre dois e cinco salários mínimos (74%), e mulheres (73%). Entre funcionários públicos, a reprovação chega a 83%. 

Pressão – Para pressionar os parlamentares pela não aprovação das reformas da Previdência e trabalhista, movimentos sociais e sindical estarão em Brasília nesta semana. As centrais sindicais devem se encontrar na terça-feira 2 com a bancada e com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do presidente da casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para debater a votação da reforma trabalhista, já aprovada na Câmara. 

> Luta contra reforma trabalhista vai das ruas ao Senado 

Já na quarta-feira 3, as organizações dos movimentos sociais e sindical se reunirão para discutir os próximos passos da resistência às reformas. As alternativas são uma marcha de 100 mil pessoas até Brasília ou nova greve geral. É possível também que ambas as ações aconteçam.

“Volto a dizer a dizer aos parlamentares, o Temer não tem compromisso com popularidade, porque tem prazo de validade, vamos tirá-lo já ou até outubro. Já os deputados e senadores que quiserem continuar vão ter de ter voto e quem votar nas reformas teremos o prazer de divulgar para que não se reelejam em 2018”, enfatiza o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Para protestar contra as reformas da Previdência e trabalhista – que consistem no fim da CLT e da aposentadoria – os trabalhadores devem enviar e-mails aos deputados (bit.ly/DepSP) e senadores (bit.ly/SenadoBR).   

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