Pular para o conteúdo principal
Chapéu
Greve dos Caminhoneiros

Comando Nacional dos Bancários pede abono de ausências de trabalhadores

Linha fina
Contraf-CUT reforça que trabalhadores não podem ser prejudicados pelos erros de gestão do governo ilegítimo de Temer. Entidade critica também política de reajuste de preços dos combustíveis que penaliza brasileiros, sucateia a Petrobras, beneficia petroleiras estrangeiras e a especulação financeira
Imagem Destaque
Foto: Roberto Parizotti/CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em nome do Comando Nacional dos Bancários, entrou em contato com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na manhã da segunda-feira 28 e solicitou que os bancos abonem as ausências ocorridas devido aos problemas de abastecimento de combustível. Para a Contraf-CUT, os trabalhadores não podem ser prejudicados pelos erros de gestão do governo ilegítimo de Temer.

No final da tarde, a Fenaban retornou ao Comando dos Bancários informando que os cinco maiores bancos já assumiram compromisso de reorientar seus gestores: os bancários que tiverem problemas devem entrar em contato com sua chefia que avaliará caso a caso.

Fortaleça a luta por seus direitos

“Solicitamos, ainda, que, nos casos em que a dispensa não for possível, os trabalhadores possam trabalhar em unidades mais próximas às suas residências”, afirma Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT.

A entidade repudia qualquer forma de pressão sobre os bancários que não conseguirem chegar aos seus locais de trabalho devido à falta de transportes coletivos e de combustível para abastecer seus veículos. E também repudia pressão para que os trabalhadores utilizem bicicletas ou outros veículos não motorizados.

> Itaú economiza e manda bancários irem de ‘bike’ ao trabalho
> Abono ausência: Sindicato cobra e BB pede bom senso aos administradores

O uso da bicicleta não é alternativa para um problema nacional de grandes dimensões. Trata-se de uma alternativa amadora, que não leva em conta a condição física e de saúde dos trabalhadores, tampouco as grandes distâncias que precisam ser percorridas para que muitos deles cheguem aos locais de trabalho”, critica Juvandia.

Contra a política de reajuste dos combustíveis

A Contraf-CUT apoia as mobilizações dos caminhoneiros, que pedem a redução do preço do diesel e o aumento da tarifa do frete, entre outras reivindicações, assim como a dos petroleiros, que reivindicam a redução dos preços de todos os combustíveis e a mudança da política de reajuste de preços dos derivados de petróleo.

Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) explica que a atual política de reajuste, que fez os preços dos combustíveis dispararem, é reflexo direto do maior desmonte da história da Petrobras.

Segundo a FUP, a gestão de Pedro Parente onera o consumidor brasileiro para garantir o lucro de grandes investidores que especulam no mercado financeiro a partir das ações da empresa. Além disso, ainda obriga a Petrobras a abrir mão do mercado nacional de derivados para as importadoras, que hoje são responsáveis por um quarto de todos os combustíveis comercializados no país.

Nova proposta de Temer aos caminhoneiros ignora política de preços da Petrobras
> Temer e Parente são os culpados pelos preços abusivos dos combustíveis

A Federação Única dos Petroleiros afirma, ainda, que o número de importadoras de derivados quadruplicou nos últimos dois anos, desde que Parente adotou preços internacionais para o combustível vendido no país. Em 2017, segundo a FUP, o Brasil foi inundado com mais de 200 milhões de barris de combustíveis importados, enquanto as refinarias, por deliberação do governo Temer, estão operando com menos de 70% de sua capacidade.

“O povo brasileiro é quem paga a conta do desmonte da Petrobras, por meio de preços cada vez mais altos dos combustíveis, da mesma forma que é prejudicado com o desmonte dos bancos públicos”, observa Juvandia.

Assista ao vídeo da Federação dos Petroleiros, que explica a crise de abastecimento no Brasil

seja socio