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Chapéu
Fora Temer

Aumenta descrença da indústria com rumos do país

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Índices que medem entusiasmo dos empresários com futuro despencam; entre pequenas empresas, clima já é de desconfiança. Pesquisa da CNI reforça levantamento anterior de que descontentamento com governo Temer é geral
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Foto: Foto: Alberto Coutinho / GOVBA

Brasília - A indústria brasileira está descrente diante dos rumos que o país está tomando. É o que mostra o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado na quinta 22.

Em maio, o Icei estava em 53,7 pontos, despencando para 51,9 em junho, no limite da desconfiança. Segundo a CNI, abaixo de 50 pontos representa que a indústria perdeu a confiança no país. Também está abaixo da média histórica de 54 pontos.

"Com a queda de junho, a confiança fica ainda mais distante do nível necessário para a recuperação da economia", afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo, em nota divulgada pela entidade.

Entre as pequenas empresas, o clima já é de desconfiança, pois o indicador ficou em 48,8 pontos. Entre as grandes empresas, está em 54,1 pontos. A indústria extrativa foi o segmento que apresentou maior queda: 57,6 para 52,7.

Pessimismo e ambiente ruim - O indicador de expectativas também caiu, de 57,4 pontos para 54,9 pontos, mostrando crescimento do pessimismo em relação à economia nos próximos seis meses. O que revela a percepção sobre a situação das empresas e da economia ficou estável, em 46 pontos, indicando que o empresário percebe piora do ambiente corrente de negócios.

A pesquisa foi feita entre 1º e 12 de junho, com 2.958 empresas. Dessas, 1.173 são pequenas, 1.112 são médias e 673 são de grande porte. O Icei antecipa tendências de produção e de investimento.

Fora Temer - Não são apenas os indústriais que estão descontentes com o governo Temer; praticamente todo o país está. Segundo pesquisa divulgada no início de junho, 75% dos entrevistados avaliam o governo como ruim/péssimo, número dez pontos percentuais mais alto do que a sondagem anterior feita em abril. Somente 3% consideram o governo bom/ótimo.

Para 89%, caso Temer caia, o novo presidente tem de ser escolhido por eleição direta, número semelhante ao do levantamento de abril. Os que defendem a escolha por via indireta somam 5%.

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