São Paulo - A mobilização dos bancários, junto ao Sindicato, mostrou mais uma vez que faz a diferença. Após paralisação das atividades no CT, realizada na terça-feira 20 contra os cortes promovidos na concentração, onde 32 funcionários foram demitidos em apenas um dia, o banco agendou reunião com a representação dos trabalhadores para quinta-feira 29. Até lá, assumiram o compromisso de suspender novas demissões.
“A paralisação foi fundamental para que o banco aceitasse se reunir e também para a suspensão de novas demissões até que seja realizada a negociação. Sabemos da existência de uma lista com dezenas de bancários que estariam para ser demitidos. Não vamos aceitar. Reivindicamos que o banco, em vez de demitir, realoque os trabalhadores em áreas carentes de funcionários”, enfatiza a dirigente sindical e bancária do Itaú Valeska Pincovai.
A dirigente lembra ainda que o Centro de Realocação Profissional, conquista da Campanha Nacional 2016, que visa justamente evitar demissões, está previsto na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho). “O Itaú deve respeitar seus funcionários e a CCT, dando efetividade ao Centro de Realocação Profissional”.
“Diante dos resultados do Itaú - que teve lucro líquido recorrente de R$ 6,176 bilhões no primeiro trimestre, um crescimento de 19,6% em relação ao mesmo período de 2016 – é inadmissível o elevado número de cortes no banco. A responsabilidade social, que o Itaú diz ter, não pode se resumir apenas as suas peças publicitárias”, conclui Valeska.