O Sindicato dos Bancários de São Paulo reuniu-se com o Ouribank para tratar do Acordo Coletivo de Trabalho que disciplina sistema eletrônico para controle de jornada; alterações sobre o cálculo de horas extras; novo método de avaliação; demissões; modelo de trabalho remoto; denúncias e convênio médico.
Acordo referente ao sistema alternativo eletrônico para controle de jornada
O banco está com acordo vencido desde dezembro 2022. Na reunião realizada na tarde de segunda-feira 18 houve certo entendimento da necessidade do Acordo Coletivo de Trabalho para disciplinar o ponto eletrônico.
A expectativa é que em breve seja possível formalizar novo instrumento e, com isto, convocada assembleia para sua deliberação.
O banco informou que o aplicativo de celular dos empregados não é mais utilizado e o novo acordo coletivo deverá tratar apenas do registro feito no notebook de cada funcionário, que é oferecido pelo banco, ou no local de trabalho para os funcionários que trabalham 100% em modo presencial.
Alterações sobre o cálculo de horas extras
O banco mudou o método para calcular as horas extras em abril de 2024 e, mesmo com comunicação interna e explicações aos empregados, o Sindicato questionou as mudanças pedindo dialogo sobre o impactos negativos do novo cálculo da hora extra. A justificativa do banco é que, embora essa decisão sobre o divisor seja de 2017, só agora o Ouribank resolveu aplicar.
Ocorre que o trabalhador que em março trabalhou por oito horas diárias, e não teve mudança alguma na jornada, com esse novo cálculo recebeu remuneração menor em abril.
O Sindicato levou este problema para discussão e, acreditando no diálogo sincero com os representantes do banco, solicitou que o banco fizesse adequação no salário para que os bancários não sejam prejudicados ou que fosse possível encontrar alguma solução para um dilema que, em resumo, representa que os funcionários poderão receber menos pelo mesmo trabalho realizado, quando da existência de hora extra.
Novo método de avaliação
O método de avaliação até então adotado tinha apenas e exclusivamente a opinião do gestor sobre os funcionários. O que, inclusive, gerava reclamações dos trabalhadores ao Sindicato apontando que este modelo podia enviesar os feedbacks apenas para justificar demissões.
O Sindicato reportou este problema à direção do Ouribank e, na reunião, os representantes do banco informaram que o método de avaliação será descentralizado, para que não sejam feitas unicamente por um só gestor, mas por um colegiado. As avaliações serão qualitativas e quantitativas, e ficarão registradas em um sistema.
Os bancários devem reportar ao Sindicato eventuais problemas. Veja canais no final deste texto.
O banco também informou que irá criar programas de desenvolvimento das áreas e investir em formação.
“O Sindicato insiste que toda avaliação deve servir tanto para orientar eventuais correções necessárias ao trabalho, como também para reconhecimento e valorização dos funcionários no Ouribank. Avaliação não pode ser desculpa ou eufemismo para demissões”, afirma Marcelo Gonçalves, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Demissões
Os representantes do banco disseram que o turnover (rotatividade) está em 6% a 7% ao ano (em relação a demissões realizadas no Ouribank), e que não houve mudanças nos últimos meses, mas o número de demissões foi maior em maio, porque recentemente houve demissões de empregados que já estavam aposentados e não exerciam funções estritamente bancárias, como copeiras e contínuos.
O Sindicato protestou contra as demissões no mês de maio, sobretudo, em um banco com lucro de mais de R$ 100 milhões.
Também foi ressaltado que o número de postos de trabalho dobrou nos últimos anos. O que é uma importante notícia.
“É importante reconhecer este crescimento dos postos de trabalho no Ouribank. Isso também é uma conquista dos trabalhadores, porque parte do lucro é revertida em mais empregos. Entretanto, também é necessário reiterar o nosso pedido: não há motivo para demissões (como as que ocorreram em maio) em um banco com tanto lucro. E, ainda, frisamos as reivindicações para que as homologações das demissões sejam feitas no Sindicato, e também para a instauração da Comissão de Conciliação Voluntária a fim de resolver pendências trabalhistas sem a necessidade de acionar a Justiça. O banco se comprometeu a avaliar essas demandas e a dar retorno”, relata Marcelo.
Modelo de trabalho remoto
O Sindicato recebeu reclamações apontando que algumas áreas adotaram regime de trabalho híbrido (presencial e teletrabalho) e outras não.
Foi esclarecido que o modelo é híbrido (dois dias em home office e três presencial) para todas as áreas, exceto para a área comercial. O home office tem sido bem avaliado por bancários e bancárias, seja no Ouribank, como em outros bancos. Sobretudo nas áreas de TI. Por isso, o Sindicato avalia como importante sua continuidade.
Denúncias
O Sindicato já vem recebendo denúncias de uma área específica onde foi identificado problema de gestão. O banco diz que tem feito pesquisas internas e nomeou um superintendente para a área em questão, o que deve amenizar o problema.
O Sindicato orienta os bancários a denunciarem ao Canal de Denúncias do Sindicato se problemas de gestão como assédio moral persistirem no banco. A plataforma assegura aos trabalhadores o sigilo dos seus dados, o acompanhamento da denúncia, a apuração e o retorno efetivo do caso relatado.
Convênio médico
Rencentemente foi renovado o convênio médico no Ouribank, apesar das dificuldades por conta da alta sinistralidade e do alto reajuste imposto pela operadora. Importante é que foi confirmado, pelo banco, que as mesmas condições do convênio anterior foram mantidas, com exceção da coparticipação em terapias, o que não existia antes, e que a renovação só foi possível por causa desta mudança.
Os bancários devem relatar ao Sindicato (veja canais abaixo) se tiveram algum problema em relação à assistência médica.
O Sindicato em breve deve se reunir novamente com o Ouribank para obter retorno sobre algumas das questões que foram solicitadas nessa reunião.
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