O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região recebeu nesta quinta-feira 30 uma série de denúncias dos trabalhadores apontando que o banco Carrefour está fazendo um adendo ao contrato de trabalho, de forma individual, que prevê algumas condições prejuidiciais para o trabalho em home office.
Contudo, o Sindicato não foi informado previamente, e o banco não possibilitou negociação coletiva. De acordo com a proposta, o banco não irá arcar com os custos da estrutura do trabalho em home office, mesmo depois de ter feito uma consulta aos trabalhadores sobre o tema.
O banco Carrefour deu prazo para assinatura do acordo até esta sexta-feira 31. A orientação do Sindicato é que os trabalhadores não assinem o acordo.
O Sindicato está cobrando imediatamente uma negociação sobre o tema e não aceita de forma alguma negociação individual, já que o trabalhador não tem força para negociar em condições de igualdade essas questões A entidade reivindica a suspensão deste acordo e que o banco aguarde negociação com Fenaban, ou que trate do tema via acordo coletivo.
Na proposta de acordo individual, há ainda um que termo faz referência a políticas de teletrabalho; medicina e segurança do trabalho; segurança da informação e compliance. Porém o acordo não detalha os termos e os trabalhadores não tiveram qualquer explicação mais aprofundada sobre o que estão sendo pressionados a assinarem até sexta-feira 31.
“Cobramos do banco Carrefour a instauração imediata de uma mesa de negociação, além do acesso aos termos detalhados sobre este acordo. Reivindicamos ainda a suspensão do prazo para a sua assinatura. Os bancários não podem assinar um acordo sem saber os seus detalhes e sem nenhuma negociação coletiva. Por isso, orientamos os trabalhadores a não assinarem”, afirma Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.