As sucessivas investidas da direção do Santander contra os seus funcionários em plena pandemia do novo coronavírus (Covid-19) parecem não ter limites. Mesmo lucrando R$ 3,8 bilhões no primeiro trimestre do ano, um montante 10,5% maior do que o mesmo período de 2019, a sanha desenfreada do banco espanhol por cifras exorbitantes continua esmagando a cada dia mais trabalhadores.
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As vítimas mais recentes foram pelo menos 26 atendentes da Ouvidoria demitidos, mesmo o banco tendo, em mesa de negociação com o movimento sindical, se comprometido a não demitir durante a pandemia. Para os lugares deles, o Santander adotou uma solução caseira: transferiu o atendimento da Ouvidoria para os bancários do SAC, porém com um salário bem menor. Ou seja, desfalcou o SAC e a Ouvidoria ao mesmo tempo, tudo em nome do lucro fácil.
“Enviamos um e-mail para a direção do Santander pedindo esclarecimentos e solicitando que o banco reveja sua posição. É um total desrespeito em plena pandemia, haja vista que o banco continua a lucrar mesmo com toda a crise sanitária e econômica pela qual passamos”, enfatiza o dirigente sindical Anderson Pirota, bancário do Santander.
“Em relação às demissões, o banco alegou na última negociação, nesta quarta-feira 1º, que foram "reajustes pontuais", todavia, mal feitos, pois sobrecarregaram uma outra área. Temos então dois problemas graves: demitir em plena pandemia e sobrecarregar os trabalhadores que ficam”, acrescenta.