A Campanha Nacional dos Financiários 2024, da qual os empregados no Nubank fazem parte, teve início antes de maio, com a consulta à pauta dos trabalhadores. No final de junho teve início o processo negocial com as financeiras para tratar da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, instrumento onde estão descritos todos os direitos dos trabalhadores de financeiras.
No último dia 17 de julho, porém, a direção do Nubank decidiu unilateralmente aplicar o reajuste salarial de 4,37% para os seus funcionários, sem nenhuma discussão prévia com o movimento sindical.
“É importante destacar que a pauta dos trabalhadores é ampla. Discute temas que vão de saúde, emprego, segurança e PLR, até cláusulas sociais. Portanto, é um debate que vai muito além do reajuste salarial”, afirma Lucimara Malaquias, secretária-geral do Sindicato.
As questões econômicas estão previstas para serem negociadas com as financeiras nas próximas semanas, e a reivindicação do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo é a reposição da inflação do período de junho de 2023 a maio de 2024 mais 5% de aumento real, além de melhorias nos valores de direitos como vale-refeição e vale-alimentação, e nas cláusulas sociais.
“A postura do Nubank, embora surpreendente, pode ser entendida como uma reposta à presença sindical nos locais de trabalho [veja fotos no final do texto], onde os empregados têm reconhecido a importância das negociações coletivas para as conquistas dos trabalhadores”, destaca Marcelo Gonçalves, dirigente sindical.
Lucimara reforça que a luta por melhores condições de trabalho, de saúde e de bem estar são questões inalienáveis para o movimento sindical, que continuará pressionando por acordos justos e que tragam melhorias para os trabalhadores.
“Independentemente do reajuste aplicado unilateralmente, a negociação coletiva continua, e a participação dos nubankers é imprescindível para o fortalecimento desta luta. O Nubank é a uma das financeiras mais destacadas no momento, tendo apresentado resultados vultosos, cujos principais responsáveis são os trabalhadores. Por isto, eles merecem mais!”, finaliza a secretária-geral do Sindicato.