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Em reunião, Sindicato cobra que Nubank reveja demissões por justa causa

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Reunião entre Sindicato e Nubank (Foto: Seeb-SP)

Em reunião realizada nesta quarta, 19 de novembro, o Sindicato cobrou do Nubank a revisão das 12 demissões, por justa causa, de trabalhadores que se manifestaram contra a alteração do modelo de teletrabalho.

O Nubank anunciou, no dia 6 de novembro, a adoção de um novo modelo de trabalho híbrido. O plano prevê dois dias presenciais por semana a partir de 1º de julho de 2026 e três dias a partir de 1º de janeiro de 2027. A mudança, que irá valer para cerca de 70% do quadro de pessoal, será significativa em relação ao atual formato, que exige uma semana de trabalho presencial por trimestre.

  • O Sindicato quer te ouvir. Preencha este formulário com sua dúvida, opinião ou reclamação sobre a mudança no modelo de trabalho do Nubank

Após a reunião remota na qual foi anunciada a mudança, com a presença do CEO David Vélez, 12 trabalhadores que demonstraram sua contrariedade no chat foram demitidos por justa causa e diversos outros receberam advertências.

Já na reunião desta quarta 19, diante da cobrança do Sindicato - que reiterou seu repúdio às demissões por justa causa, que para a entidade não são amparadas por justificativa cabível – o Nubank se comprometeu a analisar os casos e trazer uma resposta em nova reunião na próxima semana.

“Reforçamos para o Nubank nossa contrariedade com estas demissões, uma vez que não identificamos, em reunião com os impactados, qualquer justificativa cabível para as mesmas, ainda mais por justa causa. Seguiremos na luta em defesa destes trabalhadores”, enfatiza a presidenta do Sindicato, Neiva Ribeiro.

Sindicato cobrou a revisão das demissões por justa causa (Foto: Seeb-SP)

Mudança no modelo de trabalho    

Sobre a mudança no modelo de trabalho, o Sindicato informou ao Nubank o sentimento dos trabalhadores, expresso em plenária realizada em 12 de novembro, de indignação, frustração e decepção com os rumos da empresa.

Por sua vez, o Nubank apresentou ao Sindicato números atualizados sobre o processo e reiterou que, apesar de todos os protestos, não vai rever a sua decisão.

O Nubank informou que pedidos de extensão de prazo para a mudança de modelo podem ser feitas, nos canais internos do banco, até 30 de janeiro. O retorno sobre os pedidos será no dia 13 de fevereiro.

Já os pedido de exceção podem ser feitos, também nos canais internos da empresa, até o dia 30 de novembro. O Nubank vai responder as solicitações no dia 15 de dezembro.

Os representantes do Nubank informaram ainda ao Sindicato que não procede a informação de que o seu RH estaria convocando trabalhadores a se manifestarem sobre o interesse de seguir no banco no novo modelo de trabalho.

O Sindicato orienta que o trabalhador do Nubank que sofra qualquer espécie de pressão neste sentido denuncie para a entidade através do Canal de Denúncias.

Próximos passos

O Sindicato, que se reunirá outras vezes com o Nubank, irá convocar outras ações de mobilização junto aos trabalhadores. Uma delas possivelmente é uma plenária, desta vez presencial, para debater e definir com segurança e sigilo os próximos passos do movimento.

Para isso, o Sindicato quer ouvir os trabalhadores sobre a possibilidade de participação na plenária presencial, definindo assim a melhor data e horário para a mesma.  

  • CLIQUE AQUI para manifestar seu interesse em participar da plenária presencial

“Reiteramos que os meios seguros para denúncias, dúvidas e organização da mobilização são os canais do Sindicato. Não se arrisquem em grupos de whatsapp, telegram ou em outras redes sociais. Evite se expor. O Sindicato está a disposição para te acolher”, diz o dirigente do Sindicato Marcelo Gonçalves.  

“O Sindicato está ao lado dos trabalhadores do Nubank, que de forma justa estão indignados pelo fato de uma empresa que sequer possui uma agência física, que tanto cresceu no modelo atual de teletrabalho, convocar seus funcionários para o presencial. Para avançarmos neste debate, é necessária a participação de todos. Juntos, na luta coletiva, somos sempre mais fortes”, conclui a presidenta do Sindicato.  

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