Nenhum. Isto porque a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) descumpriu o combinado e não apresentou uma proposta global em resposta à pauta de reivindicações do Coletivo Nacional dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na tarde desta terça-feira 30, em São Paulo.
Os representantes sindicais propuseram um acordo de dois anos, com um reajuste salarial que cubra a inflação medida pelo INPC, de junho de 2023 a maio de 2024, e de junho de 2024 a maio de 2025, acrescido de 5% de aumento real. Os mesmos índices devem ser aplicados na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
- Veja as principais reivindicações aprovadas na 7ª Conferência Nacional dos Financiários.
A secretária-geral do Sindicato, Lucimara Malaquias, classifica a postura da Acrefi como decepcionante.
“Não é possível que após um logo processo de negociações, a Acrefi não tenha apresentado uma proposta concreta que atenda aos anseios dos trabalhadores. Uma proposta que não se limite às cláusulas econômicas, mas que avance nas reivindicações sociais, como a equiparação salarial entre homens e mulheres; o fim da terceirização; e a ampliação da contratação de mais trabalhadores e trabalhadoras negros, LGBT+ e PCDs”, afirma.
“Estamos em um processo negocial sério para o qual os trabalhadores têm muitas expectativas. Por isto exigimos a apresentação de uma proposta global séria que corresponda às demandas da categoria, que se esforça para construir os lucros das financeiras.”
Lucimara Malaquias, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo
O coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários da Contraf-CUT, Jair Alves, reforça a necessidade de respeito com os trabalhadores. "Os trabalhadores do setor financeiro merecem respeito e valorização. Esperamos que a Acrefi reconheça a importância de um acordo justo e apresente uma proposta que contemple as necessidades da categoria."
Confira as negociações anteriores:
- Trabalhadores e financeiras iniciam negociações para a renovação da CCT
- Financeiras protelam e não apresentam proposta para combater desigualdades no setor
- Em mesa de negociação, financiários exigem fim das terceirizações e a formalização do teletrabalho
- Trabalhadores cobram das financeiras aumento salarial e nos vales acima da inflação
A reunião para apresentação da proposta ficou agendada para o dia 14 de agosto.