Chegaram ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região dois casos de funcionários que sofreram humilhações idênticas no momento da demissão. No dia 5 de agosto, ambos foram desligados pelo Gerente Regional de Agência (GRA) responsável pela regional Penha-Tatuapé.
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“O problema central não está propriamente nas demissões, mas na forma como foram realizadas: de maneira desrespeitosa, fora do local de trabalho, confirmadas por outros trabalhadores das agências e também por vídeos obtidos com vizinhos das unidades bancárias”, conta Júlio César Silva Santos, dirigente sindical e bancário do Itaú.
Em um dos casos, o bancário conta que após atender um cliente, o GRA pediu para darem uma volta na rua. Ao chegarem à esquina, ele perguntou sobre o resultado da agência e disse que tinha um assunto difícil para tratar, detalhando que o contrato de trabalho estava sendo encerrado.
O bancário conta que questionou se aquele seria o melhor modo de ser demitido, após 21 anos de vínculo empregatício: na calçada, fora do ambiente de trabalho. Ressaltou que o banco tem protocolos, e que não foi contratado “no meio da rua”. Na sequência, voltaram à agência, quando informou aos amigos de trabalho sobre a demissão e a forma como foi feita. Ainda segundo relato do bancário, confirmado por apuração do Sindicato, os colegas ficaram indignados com o desrespeito.
Outro bancário demitido no mesmo dia 5 de agosto conta que passou por situação idêntica. O GRA pediu para darem uma volta na rua e, ao chegar à esquina, disse que não tinha uma notícia muito boa para dar a ele, concluindo que seu contrato de trabalho havia se encerrado com o banco. Em seguida voltaram para a agência e o trabalhador assinou a demissão.
Diante da situação, o Sindicato cobrou do RH avaliação referente ao modo como ambos foram demitidos.
“Identificamos as arbitrariedades e humilhações na forma como as demissões foram feitas por este GRA que está há apenas três meses na função. Os subordinados também relatam pressões para adesão ao plano de demissão voluntária, demonstrando que o gestor em questão não tem habilidade para lidar com os trabalhadores. Pedimos providências ao RH para evitar que situações semelhantes se repitam, bem como a reintegração dos empregados demitidos, mas não obtivemos resposta”, protesta Júlio César.
Denuncie casos de assédio moral ao Sindicato
O Sindicato possui um canal de denúncia contra assédio moral. As denúncias também podem ser feitas diretamente a um dirigente, pela Central de Atendimento (11 3188-5200) ou pelo WhatsApp (11 97593-7749). O sigilo é absoluto.